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    Bolsa fecha acima dos 106 mil pontos pela primeira vez desde março; dólar recua

    Moeda americana demonstrava trajetória de forte queda nos primeiros negócios do dia, com os investidores tomando mais riscos

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães , do CNN Brasil Business

    Nem o avanço de uma segunda onda do novo coronavírus foi capaz de tirar o bom humor do mercado financeiro nesta segunda-feira (16).

    O otimismo vem depois da notícia de que a vacina da farmacêutica Moderna tem 94,5% de eficácia contra o novo coronavírus. A informação foi divulgada hoje pela empresa. 

    Seguindo o bom ambiente do exterior, o Ibovespa fechou em alta de 1,63% para 106.641,63 pontos. É a primeira vez desde o começo de março que o índice supera a barreira dos 106 mil pontos. 

    A Azul (AZUL4) teve a maior alta do pregão, disparando 10,86%. Dois fatores ajudam a explicar a alta: a divulgação de prejuizo de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre, mas com indicação de recuperação da demanda. Além disso, o ânimo com o desenvolvimento com a vacina contra a Covid-19 ajuda as ações ligadas ao turismo. 

    Aproveitando a alta da concorrente e o otimismo com o turismo, a Gol (GOLL4) avançou 8,49% nesta segunda-feira. 

    O dólar começou a semana em queda ante o real em um dia frao para a divisa em meio ao apetito generalizado por risco depois de novos progressos em vacina contra a Covid-19. 

    O dólar à vista caiu 0,65% nesta segunda-feira, a R$ 5,44 na venda. A moeda oscilou em baixa durante toda a sessão, indo de R$ 5,3643 (-2,03%) a R$ 5,4588 (-0,30%). 

    A China também ajuda no avanço dos principais índices no mundo depois que apresentou dados industriais surpreeendentes e assinou, juntamente com outros países da Ásia-Pacífico, um dos maiores acordos comerciais da histórica. 

    “Quando os indicadores chineses vêm melhores, geram otimismo forte no mercado de que a recuperação no país está mais célere do que inicialmente se esperava, dando gás ao apetite por risco”, disse Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos.

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    Lá fora

    Os índices S&P 500 e Dow Jones fecharam em máximas recordes nesta segunda-feira, com a notícia de outra promissora vacina contra o coronavírus alimentando esperanças de erradicar a Covid-19, embora um aumento de infecções e novas paralisações ameacem impedir a recuperação da recessão causada pela pandemia.

    Todos os três principais índices de ações dos Estados Unidos avançaram na sessão. Com seu novo recorde de fechamento, o Dow Jones, índice de blue-chips, tornou-se o último dos três a recuperar os níveis alcançados em fevereiro, antes que os lockdowns empurrassem os mercados a uma queda livre.

    O S&P 500 avançou 1,16%, o Dow Jones subiu 1,6% e o Nasdaq teve alta de 0,63%.

    As ações europeias fecharam em uma máxima em mais de oito meses nesta segunda-feira. 

    O índice FTSEurofirst 300 subiu 1,07%, a 1.505 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 1,18%, a 390 pontos.

    Localmente, as negociações em torno do Brexit, como é chamada a saída do Reino Unido da União Europeia, foram retomadas nesta segunda-feira, 16, mas o governo britânico diz que não mudará de posição.

    Os operadores trabalham com cenários diferentes para as economias da Ásia e da Europa. No final da noite de domingo, indicadores macroeconômicos revelaram dados robustos de aceleração da atividade na China, como o da produção industrial e vendas no varejo, por exemplo. No Japão, o salto de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) também surpreendeu os mercados financeiros.

    Além disso, os dois países estavam entre os signatários da Parceria Econômica Abrangente Regional, um pacto de livre comércio que visa à redução gradual de tarifas de produtos de 15 importantes países da Ásia e do Pacífico, incluindo a Índia, que se transforma na maior aliança comercial do mundo. Esta é a primeira vez que as potências do Leste Asiático, China, Japão e Coreia do Sul estão em um único acordo comercial – o bloco exclui os EUA.

    Na mesma linha, as bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada com os ganhos chegando a superar 2% em alguns casos, após dados animadores da China e do Japão e da assinatura de um acordo comercial englobando 15 economias da região e do Pacífico.

    Em Tóquio, o japonês Nikkei saltou 2,05% hoje, a 25.906,93 pontos, atingindo o maior patamar desde junho de 1991. Já o sul-coreano Kospi avançou 1,97% em Seul, a 2.543,03 pontos, o maior nível em 33 meses, o Hang Seng se valorizou 0,86% em Hong Kong, a 26.381,67 pontos, e o Taiex registrou alta de 2,10% em Taiwan, a 13.551,83 pontos.

    Na China continental, o Xangai Composto subiu 1,11%, a 3.346,97 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto, 0,93%, a 2.289,82 pontos.

    Ontem à noite, pelo horário de Brasília, China e Japão divulgaram indicadores que superaram as expectativas e mostram as duas potências asiáticas se recuperando do impacto da pandemia do novo coronavírus.

    Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul, mas o dia foi marcado por problemas técnicos que levaram o pregão a se encerrar quase uma hora antes do previsto. O S&P/ASX 200 avançou 1,23% em Sydney, a 6.484,30 pontos. 

    (Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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