Dólar fecha em alta com expectativa de aumento de gastos públicos; Bolsa sobe
A pressão fiscal provocada pela possível volta do auxílio emergencial segue preocupando os mercados
O dólar teve altos e baixos nesta quinta-feira, mas ganhou tração ao longo do dia e terminou em alta de 0,31%, para R$ 5,3881, com o real mais uma vez na lanterna nos mercados de câmbio. Dados fracos endossaram receios quanto ao risco de criação de novas despesas e de impacto sobre a já fragilizada situação fiscal do Brasil, o que estimulou fluxos para a segurança da moeda norte-americana.
Na B3, o clima foi de otimismo. O Ibovespa avançou 0,73%, para 119.299 pontos.
A TOTVS (TOTS3), que apresentou bons resultados no quarto tri, liderou as altas com avanço de 7,77%.
A Suzano (SUZB3) avançou 3,6% depois de reportar lucro 80% maior no quarto trimestre de 2020 na comparação com o ano anterior.
Investidores comemoraram a aprovação da autonomia do Banco Central na Câmara dos Deputados. Já que, além da mudança dar mais liberdade à autarquia, mostra que a base do governo está forte no Congresso.
Apesar disso, a pressão fiscal provocada pela possível volta do auxílio emergencial segue preocupando os mercados.
No cenário global, o avanço do pacote de estímulos de Joe Biden segue no centro das atenções, com os investidores esperando nova injeção de liquidez.
Lá fora
Os principais índices de Wall Street fecharam o dia com sinais mistos com investidores apostando em mais estímulos fiscais para enfrentar a recessão causada pelo coronavírus, enquanto dados mostraram que uma recuperação no mercado de trabalho norte-americano está estagnada.
O índice Dow Jones caiu 0,02%, para 31.430 pontos, o S&P 500 subiu 0,16%, para 3.916 pontos e o Nasdaq subiu 0,38%, para 14.025 pontos.
Na Ásia, a Bolsa de Hong Kong fechou em alta moderada, num pregão de meio período marcado por baixa liquidez em meio a feriados na China, no Japão, na Coreia do Sul e em Taiwan, onde ficam alguns dos principais mercados da Ásia.
O Hang Seng subiu 0,45% hoje, a 30.173,57 pontos, sustentado por ações de tecnologia. Já na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, num dia de fraqueza quase generalizada. O S&P/ASX 200 caiu 0,10% em Sydney, a 6.850,10 pontos.
(*Com informações da Reuters e do Estadão Conteúdo)