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    CSN sobe 12% e bolsa tem 5ª alta semanal consecutiva; dólar fecha em queda

    Na véspera, o dólar terminou a sessão com queda de 1,96% para R$ 5,139, menor patamar desde março

    Caixas da Coronavac, vacina da farmacêutica Sinovac em conjunto com Instituto Butantan
    Caixas da Coronavac, vacina da farmacêutica Sinovac em conjunto com Instituto Butantan Foto: Thomas Peter/Reuters (24.set.2020)

    Leonardo Guimarães e Matheus Prado, do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar até chegou a ganhar força nesta sexta-feira (4) e era negociado em leve alta de 0,35% às 12h45, a R$ 5,17. Ao fim da sessão, no entanto, a moeda já havia virado o sinal e fechou em queda de 0,50%, a R$ 5,1276.

    Com isso, renovou uma mínima em mais de quatro meses, engatando a terceira semana consecutiva de perdas conforme o otimismo externo sobre a recuperação econômica trouxe de volta investidores estrangeiros ao Brasil.

    A aprovação do uso da vacina da Pfizer/BioNTech pelo Reino Unido, como assim planos de imunização em outros países, inclusive o Brasil, voltou os holofotes para órgãos reguladores de Estados Unidos e Europa. Nos EUA, a expectativa está em torno de uma reunião da Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) prevista para o próximo dia 10.

    O chefe da Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA), Stephen Hahn, disse à Reuters nesta sexta-feira que é realista acreditar que 20 milhões de norte-americanos serão vacinados contra o coronavírus até o final deste ano.

    Ele não quis dar um cronograma específico sobre a aprovação da vacina da Pfizer/BioNTech, mas acrescentou que a agência reguladora agirá “muito rapidamente”, depois que o comitê de aconselhamento se reunir na próxima quinta-feira.

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    Na B3, o otimismo também continua falando mais alto e o Ibovespa subiu 1,30% para 113.635 pontos. O índice teve sua quinta alta semanal consecutiva e foi puxado por CSN, que avançou 12% após anunciar que venderá sua subsidiária de mineração. A PetroRio avançou outros 8%.

    Para o diretor de operações da Mirae Asset, Pablo Spyer, além da entrada de estrangeiros na bolsa, a emissão bem-sucedida do Tesouro Nacional nesta semana mostra que investidores no exterior estão atentos ao país.

    O governo brasileiro levantou US$ 2,5 bilhões com a reabertura de títulos de 5 anos (Global 2025), 10 anos (Global 2030) e 30 anos (Global 2050), com redução do prêmio nas três modalidades. “O Brasil está definitivamente em um lugar de destaque no radar dos investidores”, afirmou.

    Lá fora 

    Os índices acionários da China fecharam em alta e registraram o terceiro ganho semanal seguido, impulsionados por dados robustos que indicam recuperação da segunda maior economia do mundo, embora o rali tenha sido limitado pela intensificação das tensões comerciais com os Estados Unidos.

    O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,18%, enquanto o índice de Xangai teve ganho de 0,07%.

    Na semana, o CSI300 se fortaleceu 1,7%, enquanto o SSEC teve alta de 1,1%, ambos marcando o terceiro ganho semana seguido por dados positivos.

    Dados divulgados na segunda-feira mostraram que a atividade industrial da China expandiu no ritmo mais rápido em mais de três anos em novembro, enquanto o crescimento do setor de serviços também atingiu máxima de vários anos.

    Ações de petróleo impulsionaram os mercados europeus, com o índice de Londres atingindo máximas de nove meses, enquanto a fraca criação de empregos nos Estados Unidos fortaleceu as esperanças de um estímulo fiscal.

    O índice FTSE 100 de Londres subiu 0,9%, já que os preços do petróleo aumentaram após um acordo entre os membros da Opep+ para continuar a aumentar levemente a produção a partir de janeiro, apesar da continuidade da maior parte das restrições de oferta existentes.

    Já O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,6%, ajudando-o a entrar em território positivo no desempenho semanal – sua quinta semana consecutiva no azul. Dados econômicos decepcionantes e a incerteza em torno do Brexit pesaram sobre o índice esta semana. 

    Nos EUA, os principais índices de Wall Street avançaram para máximas históricas, com dados mostrando um crescimento mais lento no ritmo de criação de postos de trabalho nos Estados Unidos aumentando as expectativas por um novo projeto de lei de alívio fiscal para ajudar a reviver a economia, atingida pelo coronavírus.

    As ações denominadas “cíclicas”, vistas como particularmente sensíveis à economia, como os segmentos de energia, materiais e industriais, tiveram grande destaque enquanto a maioria dos setores do S&P 500 subia.

    Segundo dados preliminares, o Dow Jones avançou 0,82%, aos 30.215,79 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,88%, aos 3.699,12 pontos, e o Nasdaq valorizou-se 0,7%, aos 12.464,23 pontos.

    (*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo)

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