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    Dólar cai e fecha a R$ 5,42; Ibovespa sobe 0,4% e Eletrobras avança 5%

    Investidores acompanham os desdobramentos da MP de privatização da Eletrobras, as discussões sobre o comando da Petrobras e possível novo lockdown em SP

    Painel financeiro na sede da Bolsa de Valores de São Paulo
    Painel financeiro na sede da Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Bruno Rocha/Estadão Conteúdo

    Natália Flach, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    O dólar teve o segundo dia de queda contra o real nesta quarta-feira (24), em linha com o movimento da moeda americana no exterior. A moeda norte-americana encerrou caindo 0,4%, e fechou cotada a R$ 5,422.

    Já o Ibovespa, que chegou a ter pequenas quedas na abertura, passou para o terreno positivo depois e fechou em alta de 0,38%, para 115.667,78 pontos. 

    Neste pregão, os investidores estiveram de olho nas repercussões da medida provisória para a privatização da Eletrobras, entregue na terça-feira à noite.

    As ações PNB da estatal de energia (ELET6) chegaram a subir mais de 8% durante a tarde, mas enfraqueceram a alta e fecharam em alta de 4,94%. Os papéis ordinárias (ELET3), que chegaram a subir quase 7%, também perderam força e fecharam o dia em alta de 3,5%.

    De acordo com os cálculos do governo, o potencial de capitalização da estatal é de R$ 50 bilhões. A diferença em relação aos R$ 24 bilhões iniciais pode ser atribuída à inclusão de Tucuruí, dos novos fundos regionais e das variáveis utilizadas pelo governo estimar os pagamentos da concessão. João Pimentel, analista do BTG Pactual, lembra em relatório que, como as MPs são normas com força de lei, o BNDES já pode começar a trabalhar na modelagem financeira do aumento de capital.

    No entanto, antes de ser oficialmente convertido em lei, a MP ainda precisa da aprovação (maioria simples) tanto da Câmara quanto Senado no prazo de 120 dias. “Ao relançar a capitalização por meio de uma MP poderia ajudar a acelerar o processo, ainda existem riscos de o texto expirar antes de ser aprovado, principalmente considerando a resistência na tentativa anterior”, escreveu o especialista.

    “Nós ainda não mudamos nossas estimativas para a Eletrobras e assumimos potencial de 50% de chances de privatização, que se traduz em um preço-alvo de R$ 63. Evidentemente, há mais valor significativo a ser desbloqueado se uma privatização for bem-sucedida. Nesse caso, nosso preço pula para R$ 75 (totalmente diluído)”, escreveu.

    Também está no radar as discussões em torno do comando da Petrobras (PETR3 e PETR4) e os resultados da petroleira, que serão divulgados nesta quarta-feira depois do fechamento de mercado. Os papéis ampliavam os ganhos e operavam em alta de   em leve alta nesta quarta-feira, de 1,3% e 1,4%, respectivamente.

    Os investidores também estão atentos aos pronunciamentos do governo de São Paulo sobre novo lockdown.

    “Há notícias de que a PEC emergencial poderia ser adiada para a semana que vem. Alguns senadores ficaram incomodados com o prazo muito curto para colocar umas emendas que eles acham relevantes. Pode sair de cena nessa semana para a semana que vem”, afirma Daniel Herrera, analista da Toro Investimentos.

    (Com Reuters)