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    Mercado volta a melhorar projeção para o tombo do PIB; previsão é de 5,11%

    O mercado espera que os juros voltem a subir de forma gradual. Para o fim de 2021, a estimativa é de que a Selic encerre em 2,50% a.a, ante 2,88%

    Sede do Banco Central, em Brasília (16.mai.2017)
    Sede do Banco Central, em Brasília (16.mai.2017) Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

    Os analistas do mercado financeiro retomaram o movimento de melhora das expectativas para o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. A projeção passou para contração de 5,11%, ante 5,31% na semana anterior. Depois de nove semanas consecutivas, a tendência de melhora nas previsões tinha sido interrompido por uma piora na estimativa. 

    Os números são do relatório semanal Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central. O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. No fim de junho, a expectativa o mercado para a contração do PIB alcançou o pico de 6,54%. 

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    A previsão de recessão econômica este ano reflete os impactos da pandemia da Covid-19, na economia nacional e mundial, que também caminha para uma retração. 

    A melhora nas previsões é reflexo de resultados positivos nos indicadores macroeconômicos recentes, apesar do tombo recorde de 9,7% no PIB do segundo semestre. 

    Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse acreditar que a contração da atividade econômica será abaixo do patamar dos 4%. Atualmente, a previsão oficial do Ministério da Economia é de queda de 4,7%. 

    Por outro lado, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, ainda projetam que a economia brasileira despenque 8% e 9,1%, respectivamente. 

    Selic e inflação 

    As expectativas para o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançaram para 1,94%, ante 1,78% na semana passada. 

    Mesmo com a alta, a previsão para a inflação do país segue abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual, ou seja, podendo variar de 2,50% a 5,50%. 

    A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e, para persegui-la, o BC eleva ou reduz a taxa de juros básica, a Selic. Atualmente, a Selic está na mínima histórica, a 2% ao ano. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.

    O mercado espera que os juros voltem a subir de forma gradual no ano que vem. Para o fim de 2021, a estimativa é de que a Selic encerre em 2,50% a.a. Na semana anterior, a previsão era de 2,88% a.a.

    Reunião do Copom

    Na quarta-feira (16), o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, definirá a taxa de juros da Selic. Na última reunião, o comitê cortou a taxa básica de juros do país de 2,25% para 2% ao ano. 

    Apesar de não antever novos cortes, o Copom avalia que, como a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário “extraordinariamente elevado”, ainda há um espaço pequeno para a atuação da política monetária.

    “Devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno. Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva”, informou o Banco Central, no último relatório. 

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