Melhor política econômica é a vacinação em massa, diz secretário da Economia
Equipe econômica também ressalta que os efeitos negativos do distanciamento social foram menores que o esperado
A equipe econômica está convencida da necessidade de acelerar a aplicação da vacina contra a Covid-19 para fortalecer o crescimento do país. Em apresentação das projeções de inflação e do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano, nesta terça-feira (18), um dos secretários do ministro Paulo Guedes foi enfático ao defender a vacinação em massa como “a melhor política econômica” para o momento do país.
“A melhor política econômica hoje é a vacinação em massa. Nós precisamos vacinar rapidamente a população para garantir o retorno seguro ao trabalho”, afirmou Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, em entrevista coletiva. “Tão logo possamos avançar na vacinação em massa e o retorno seguro ao trabalho, nós esperamos o aumento na taxa de ocupação.”
No documento com estimativas do PIB e da inflação, divulgado também nesta terça-feira, o Ministério da Economia destacou uma seção inteira para defender que a vacinação em massa “é imprescindível tanto para o crescimento econômico atual como para o crescimento futuro”.
“À medida que a vacinação avança, as restrições à mobilidade vão sendo reduzidas e ocorre o retorno seguro às atividades de produção e consumo. Isto, por sua vez, aumenta o produto da economia [melhorando principalmente o setor de serviços, o mais afetado pela pandemia], o emprego e a renda das famílias concomitantemente à retirada das restrições às atividades. Já pelo lado das expectativas, uma vacinação mais abrangente e mais rápida da população aumenta as projeções de mercado para o crescimento do PIB para o ano de 2021, pois produz maior otimismo dos agentes quanto à recuperação econômica robusta”, defendeu o ministério na publicação.
Além da defesa da vacinação em massa, a equipe econômica também mostrou que os impactos negativos das restrições de circulação impostas por alguns prefeitos e governadores foi menor que o esperado.
“Os efeitos do distanciamento social não foram fortes de tal sorte a trazer um PIB negativo para o primeiro trimestre, ao contrário das projeções que tínhamos e as projeções de mercado”, disse Fausto Vieira, subsecretário de Política Macroeconômica do Ministério da Economia.