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    Lufthansa só espera recuperação das viagens aéreas para depois de 2024

    Companhia precisou de um resgate de US$ 10 bilhões do governo alemão para sobreviver à pandemia de coronavírus

    Hanna Ziady, , do CNN Business, em Londres

    A demanda por viagens aéreas não se recuperará totalmente até 2024 “no mínimo”, de acordo com a Lufthansa, que na quinta-feira (6) revelou uma perda trimestral recorde. A companhia aérea alertou que as demissões em seu mercado doméstico, a Alemanha, não podem mais ser descartadas.

    O Grupo Lufthansa registrou prejuízo operacional de € 1,7 bilhão (quase R$ 11 bilhões) no segundo trimestre de 2020, com o número de passageiros caindo 96%, para 1,7 milhão, em comparação com o mesmo período do ano passado. A receita caiu 80% no trimestre.

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    “Estamos enfrentando uma pausa no tráfego aéreo global”, disse o CEO Carsten Spohr em comunicado. “Não esperamos que a demanda retorne aos níveis pré-crise antes de 2024. Não haverá recuperação rápida especialmente para as rotas mais longas”, acrescentou.

    Proprietária de companhias aéreas na Alemanha, Suíça e Bélgica, a Lufthansa precisou de um resgate de US$ 10 bilhões do governo alemão para sobreviver à pandemia de coronavírus. A empresa lançou um amplo programa de reestruturação que reduzirá sua frota em 13%, retirando 100 aeronaves da operação, e cortará 22 mil empregos. Cerca de 8.300 vagas já desapareceram.

    A companhia aérea alemã colocou uma grande parcela de seus funcionários em um programa de trabalho de curta duração apoiado pelo governo. Mas disse no comunicado que não pode mais evitar demissões na Alemanha, onde cerca de 1.000 empregos nos escritórios serão cortados. Outros milhares de empregos de tripulantes, incluindo pilotos, devem vir a seguir.

    “O ambiente de mercado continuará desafiador nos próximos anos”, afirmou a empresa, observando que suas companhias aéreas transportaram dois terços a menos de passageiros no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

    O grupo também pagou € 2 bilhões (pouco mais de R$ 12,5 bilhões) em reembolsos a passageiros por causa de voos cancelados.

    De acordo com a Lufthansa, a demanda está “começando a se recuperar gradualmente” para destinos de curta distância e no turismo de lazer, acrescentando que espera oferecer cerca de 40% da capacidade do ano passado até o final de outubro de 2020.

    As companhias aéreas da Europa devem perder US$ 21,5 bilhões em 2020, um quarto das perdas globais de companhias aéreas, com a demanda de passageiros caindo mais da metade, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). Ainda de acordo com a IATA, isso coloca em risco até 7 milhões de empregos ligados à aviação somente na Europa.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês)

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