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    Leilões de energia movimentam R$ 490 milhões, com deságio de até 12,81%

    Cemar e Celpa, empresas da Equatorial Energia, foram compradoras nos dois leilões, que tiveram deságios

    Leilão faz parte da chamada "Energy Weeks", organizada pelo governo federal
    Leilão faz parte da chamada "Energy Weeks", organizada pelo governo federal REUTERS/Rafael Marchante

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business*

    em São Paulo

    Os leilões de geração e transmissão de energia realizados pelo Ministério de Minas e Energia nesta sexta-feira (3) terminaram com a movimentação de pouco mais de R$ 490 milhões, com contratos que serão iniciados a partir de janeiro de 2022 e de 2023.

    O primeiro leilão, “A-1”, teve a contratação de 66 megawatts (MW) médios, equivalente a 1.156 gigawwats-hora (GWh). O preço médio foi de R$ 209,25 por MWh, um valor 12,81% menor que o lance inicial determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de R$ 240 por MWh.

    O leilão envolveu a Cemar e Celpa, empresas da Equatorial Energia que atuam respectivamente no Maranhã e no Pará, como compradoras, com a primeira responsável por 75% da energia adquirida, e a segunda por 25%. Já as vendedoras foram as empresas Alupar, Copel e Safira.

    A movimentação total foi de R$ 241,96 milhões em contratos. O leilão “A-1” não especificou a modalidade de geração de energia, mas há a previsão de que os custos com riscos hidrológicos serão assumidos pelos vendedores.

    Já o leilão “A-2” aceitou contratos por disponibilidade para usinas termelétricas com geração via gás natural, gás de processo, carvão mineral nacional e biomassa, ou por quantidade, independente da fonte geradora. O preço inicial era de R$ 200.

    A Cemar e a Celpa também foram compradoras, junto com a CPFL Jaguari – que atua nos municípios de Jaguariúna e Pedreira, em São Paulo. Elas foram responsáveis, respectivamente, por 30,8%, 31,9% e 37,2% da energia adquirida. O preço médio foi de R$ 199,97, um deságio de 0,02%. A contratação foi de 71 MW médios, ou 1.245 GWh.

    As vendedoras de energia foram a Eletronorte, Kroma, Maxima Energia e Vivaz Energia. A movimentação total foi de R$ 249,08 milhões em contratos.

    Os contratos do leilão A-1 têm início em 1º de janeiro de 2022 e término em 31 de dezembro de 2023. Já os do leilão A-2 começam em 1º de janeiro de 2023 e terminam em 31 de dezembro de 2024.

    Energy Weeks

    O leilão desta sexta-feira (3) faz parte de uma série de leilões que ocorrerão até o dia 21 de dezembro, batizada de “Energy Weeks” pelo Ministério de Minas e Energia. A expectativa é arrecadar R$ 206,9 bilhões em investimentos privados a partir das concessões, com geração de 160 mil empregos diretos e indiretos.

    O próximo leilão ocorrerá no dia 17 de dezembro, em que serão oferecidos os excedentes da cessão onerosa de petróleo no pré-sal nos campos de Sépia e Atapu. A expectativa é de arrecadação de R$ 120 bilhões pelo governo, com geração de 160 mil empregos diretos e indiretos.

    No mesmo dia, ocorrerá um novo leilão de transmissão de energia, que prevê a construção de 902 quilômetros de linhas de transmissão. O investimento previsto será de R$ 2,9 bilhões, com cerca de 6 mil empregos gerados. O projeto envolve os estados de Amapá, Bahia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

    Já no dia 21, haverá o leilão de contratação de potência e de energia elétrica proveniente de usinas termelétricas novas e existentes. O início do suprimento dessa energia está previsto para 2026 e 2027, com contratos de vigência de 15 anos.

    *Com informações da Reuters