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    Haddad diz que desafio da Fazenda é reverter desaceleração do PIB em 2023

    Ministro afirmou que alta dos juros, que geraram desaceleração econômica, foram reação do Banco Central a medidas fiscais tomadas pelo antigo governo

    Elis Barretoda CNN , em Brasília

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (2) que o desafio do ministério para 2023 é reverter a desaceleração da economia brasileira. O IBGE divulgou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, que mostrou que o Brasil cresceu 2,9% em 2022, uma desaceleração em relação aos 5% de crescimento registrados em 2021.

    Para Haddad, a desaceleração da economia está ligada a atual taxa de juros que, segundo o ministro, foi gerada por medidas tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro.

    “Evidente que houve uma reação do Banco Central às atitudes do governo anterior do período eleitoral, que ensejou no aumento da taxa de juros, e tudo que nós estamos fazendo agora é reverter esse quadro, para em uma eventual queda da taxa de juros, o Brasil possa retomar uma curva ascendente”, disse Haddad.

    Perguntado sobre a possibilidade de recessão da economia, o ministro disse que a Fazenda não trabalha com essa perspectiva, mas que a manutenção das taxas no atual patamar de 13,75% ao ano gera uma desaceleração da economia.

    “As medidas que nós estamos tomando vem justamente ao encontro do desejo do Banco Central de reduzir as taxas de juros, para que a atividade econômica não sofra os efeitos da política monetária. Aquilo que venho dizendo desde dezembro quando fui indicado para o Ministério da Fazenda, harmonizar as políticas fiscal e monetária para que a retomada da economia brasileira não seja prejudicada”, afirmou Haddad.

    Mudanças no PPI da Petrobras

    Durante a fala no Ministério da Fazenda, o ministro foi perguntado sobre eventuais mudanças no PPI (Política de Paridade de Importação) da Petrobras. Haddad disse que a mudança é uma agenda do Ministério de Minas e Energia (MME), mas que irá colocar à disposição do MME os melhores quadros da Fazenda para “encontrar alternativas para que não pese no bolso do consumidor as eventuais variações de preço internacional”.

    “O Jean Paul está assumindo agora a Petrobras. Temos ainda um mês e meio para que haja uma mudança de conselho e diretoria, mas vamos tratar com toda seriedade esse assunto, porque é um assunto delicado, que envolve as relações do Brasil com o mundo”, disse.

    “Nós somos importadores de derivados, tudo isso tem que ter cautela, mas nós vamos colocar os melhores quadros do Ministério da Fazenda a disposição do MME para fazer um trabalho digno da tarefa que está encomendada pelo presidente da República”, completou o ministro.

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