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    Guedes volta a defender programa social de renda a partir do ano que vem

    Em breve declaração, ministro e líder do governo na Câmara falaram ainda que proposta da reforma tributária deve ser entregue ao Congresso nesta semana

    Manuela Tecchio, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Durante uma reunião técnica entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), neste sábado (26), foi sinalizada novamente uma intenção de criação de um programa de renda social. 

    Em uma rápida declaração, Guedes falou mais uma vez sobre os “40 milhões de invisíveis” que estão sendo ajudados pelo auxílio emergencial. De acordo com ele, após o fim do benefício, em dezembro, o governo vai precisar de um programa social que atenda a essas pessoas.

    “Precisamos de um programa social que faça a aterrissagem do auxílio emergencial lá em janeiro. O presidente não gostou de algumas características, então nós estamos estudando o programa para entregar uma nova versão’, disse Guedes.

    No fim de agosto, o presidente Jair Bolsonaro havia discordado do projeto que substituiria o Bolsa Família, batizado pela equipe econômica de Renda Brasil. “Não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos”, disse ele na ocasião em que suspendeu o andamento do programa.

    Agora, os secretários chefiados por Guedes discutem uma forma viável de implementar essa ideia e apresentar uma nova versão a Bolsonaro. Após o breve pronunciamento, nenhum dos dois respondeu a perguntas. 

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    Sobre a proposta da reforma tributária, que deve ser entregue ao Congresso ao longo da próxima semana, os dois afirmaram que o projeto vai trazer: a simplificação dos tributos, uma redução das alíquotas e desoneração da folha de pagamentos. 

    Em nenhum momento, nem Barros nem Guedes deixaram claro se haverá ou não uma nova CPMF na proposta que será encaminhada às casas legislativas. Nos bastidores, autoridades comentam que a alíquota sobre transações digitais seria de 0,2%.

    Ainda durante a fala, Barros disse que os textos estão sendo finalizados para que sejam apresentadas alternativas a Bolsonaro, que é quem vai decidir, em última instância, que projeto deve ser enviado ao Congresso.

    Nos bastidores se discute ainda a possibilidade de negociação com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para que a tramitação da reforma tributária ocorra junto com as discussões sobre a nova CPMF — tema sobre o qual ele é radicalmente contrário.

    Caso Maia deixasse a proposta tramitar na casa, em troca, o governo teria o compromisso de facilitar a aprovação de uma unificação dos tributos sobre bens e serviços. Até agora, foram juntados apenas PIS e Cofins.

    Vale lembrar que Guedes afirmou que enviaria a proposta da reforma ao Congresso em quatro partes, mas, por enquanto, apenas uma chegou até as casas. 

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