Guedes só sai do governo se abandonarem agenda liberal, diz Carlos da Costa
Questionado se sairia do governo em caso de queda de Guedes, Carlos da Costa disse: “se Guedes sair, eu provavelmente não ficarei no governo”
A semana foi marcada pela discussão da manutenção do teto de gastos, com alguns membros do governo defendendo o fim da medida, enquanto o ministro da Economia Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), saíram em defesa do mecanismo.
O debate subiu até o Palácio do Planalto, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demonstrando insatisfação com algumas falas de Guedes sobre o tema, o que gerou desconforto entre os dois.
Apesar das notícias que dão conta do descontentamento de Bolsonaro com seu ministro da Economia, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), Carlos Alexandre Da Costa, disse em entrevista para a CNN que não espera uma saída de Guedes e que isso só irá ocorrer em caso de abandono da agenda liberal.
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“A saída de Guedes só ocorreria em caso de abandono da agenda liberal. Como não acredito que Bolsonaro irá abandonar a agenda, não acho que o ministro vai cair,” disse Costa. Ele afirmou também que “ninguém é insubstituível”, mas que há “pessoas que são facilmente substituíveis” e que a saída delas “tem custo”.
Questionado sobre as discussões sobre a revogação ou não do teto de gastos dentro do governo, Costa afirma que, por ser um governo liberal, ele está “aberto a todas as ideias”, mas disse que a discussão sobre limitação de gastos públicos “parece algo dos anos 1980”.
“O mundo discute produtividade e novas tecnologias enquanto estamos discutindo o teto como se gasto público fizesse o país crescer. Se isso gerasse crescimento, o Brasil teria crescido demais nos últimos 40 anos. O que faz um país crescer é um ambiente equilibrado.”
Questionado se deixaria do governo em caso de queda de Guedes, Costa disse: “se Guedes sair eu provavelmente não ficarei no governo.”
(Edição: Marina Motomura)