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    Guedes quer usar Fundo Brasil para incentivar privatizações e programa social

    "Nós não estaríamos roubando mais as empresas brasileiras. Estaríamos dando elas ao povo brasileiro", disse ministro da Economia

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

     

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender o uso de recursos de privatizações das estatais brasileiras em um programa social de transferência direta para a população mais pobre. Na visão dele, a medida serviria também para acelerar o ritmo da agenda de privatizações do governo. 

    “Nós não estaríamos roubando mais as empresas brasileiras. Estaríamos dando elas ao povo brasileiro. […] Esse fundo já existe, é constitucional. Estamos estudando como podemos utilizá-lo para distribuir riqueza”, argumentou em participação virtual na 12º Bradesco BBI London Conference, nesta terça-feira (8).

    Segundo ele, o fundo com o objetivo de erradicar a pobreza foi criado há 30 anos, com a ideia de que enquanto a estatal estivesse com o governo, parte de seu lucro seria para a população mais pobre. “Se você vender essas empresas, dê o dinheiro dessa venda para os pobres”, completou. 

    Prorrogação auxílio 

    Guedes ainda esclareceu que os recursos para a prorrogação do auxílio emergencial por mais dois ou três meses, até outubro, será via crédito extraordinário. Esse montante seria de R$ 11 bilhões. 

    “O auxílio emergencial são R$ 9 bilhões por mês. Então, seria R$ 18 bilhões por dois meses. Só que R$ 7 bilhões já estão lá de remanescente do auxílio emergencial do ano passado. Precisaríamos de R$ 11 bilhões, que viriam por crédito extraordinário”, explicou. 

    Ele reforçou que não espera “nenhum barulho” do mercado financeiro sobre a prorrogação do benefício, uma vez que o governo deixa claro sua preocupação com o déficit fiscal mesmo em meio à pandemia e ao aumento de gastos.

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