Guedes: ‘precisamos de tributos alternativos para desonerar a folha’
Ministro da Economia diz que as prioridades do governo no momento são focadas no apoio à criação de empregos e ao complemento de renda
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que as prioridades do governo no momento são focadas no apoio a criação de empregos e complemento de renda. “As prioridades são com emprego e renda, com a retomada do crescimento dentro do nosso programa de responsabilidade fiscal”, disse.
Segundo ele, é exatamente por esses focos que a equipe discute agora com os líderes do governo na Câmara e no Senado propostas para a desoneração da folha de pagamento, por meio de substituição tributária. “Queremos desonerar, queremos ajudar e facilitar a criação de empregos? Então, vamos fazer um programa de substituição tributária”, argumentou.
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“Descobrimos 38 milhoes de brasileiros que eram os invisíveis e, agora, precisamos ajudar essa turma a ser reincorporada no mercado de trabalho. Por isso, precisamos de tributos alternativos para desonerar a folha e ajudar a criar emprego”, completou.
Outro ponto destacado pelo ministro é a discussão sobre um programa que promova a “aterrissagem suave” para o fim do auxílio emergencial. “Vimos a importância do auxílio emergencial, que ajudou a manter o Brasil respirando ao atravessar essa onda da crise. Então, temos que fazer a aterrissagem suave do programa de auxílio emergencial, que é exatamente o que estávamos discutindo”, comentou na saída de reunião no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (23).
Guedes destacou ainda que as reformas estão sendo feitas com todo o apoio, uma vez que, além do presidente, o Congresso é reformista. ”A principal mensagem é o seguinte: como eu dizia, o Brasil está voltando em V. O Congresso brasileiro é reformista e o presidente está nos dando apoio nas reformas”.
Na avaliação dele, ai devolver o poder de gestão e decisão à classe política, o pacto federativo é essencial para a proteção do investimento público.
“Como o Brasil está mais protegido? Como uma indexação de 1,60%, que foi o IPCA, para a saúde ou com a classe política que desenhou programas de emergência e jogou R$ 800 bi para proteger a saúde? Da mesma forma, a educação brasileira, que acabou de receber aumento de 130% com o Fundeb: como está mais protegida? Com a decisão política ou com um dinheiro carimbado de 1,6%? A ação política, a decisão política, é muito mais importante do que um dinheiro carimbado que corrige 1,60%”, defendeu.
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