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    Guedes: Governo vai anunciar quatro grandes privatizações em até 90 dias

    Ministro da Economia comentou assunto em entrevista exclusiva à CNN Brasil

    O governo federal deverá anunciar planos para quatro grandes privatizações em período de “30, 60 a 90 dias”. A afirmação foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao programa especial “O Brasil Pós-Pandemia: a Retomada”. Questionado pelos âncoras William Waack e Rafael Colombo, ele disse que os nomes das estatais serão anunciados em breve. 

    Guedes mencionou apenas que “há muito valor escondido debaixo das estatais”. “As subsidiárias da Caixa são um bom exemplo. Ali, há R$ 30 bilhões, R$ 40 bilhões ou R$ 50 bilhões em um IPO (oferta primária de ações) grande”, disse. Atualmente, a Caixa já tem pedido para oferta de ações da Caixa Seguridade – braço de seguros do banco – operação que poderia levantar cerca de R$ 15 bilhões, estima o mercado financeiro. 

    Outra empresa que o ministro quer oferecer à iniciativa privada são os Correios. “Está na lista seguramente, só não vou falar quando (será a privatização). Eu gostaria de privatizar todas as estatais”.

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    Na semana passada, o secretário de desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, anunciou que o governo quer privatizar pelo menos 12 estatais, mas ano que vem. Entre as empresas previstas para 2021, estão os Correios, Eletrobras, CBTU, Serpro, Dataprev e Telebrás. Para essa venda acontecer, no entanto, o governo precisará do aval do Congresso Nacional para algumas empresas, como a Eletrobras. 

    Na entrevista à CNN, Guedes reconheceu que o ritmo das privatizações está mais lento que o esperado. “Estamos atrasados sim, não tenho problema de admitir. Tenho de fazer um mea culpa de que elas não andaram no ritmo adequado”.

    Ainda sobre a retomada, o ministro da Economia diz que o governo prepara ações para destravar o investimento privado. Ele mencionou que, após a recente aprovação do novo marco regulatório do saneamento básico, o governo deve agir para incentivar setores como a cabotagem, eletricidade e petróleo e gás com fim do regime de partilha na exploração.  

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