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    Guedes diz que IR para empresas pode ser reduzido em 2022 com fim de subsídios

    A alíquota do IRPJ hoje é de 15%; na proposta de reforma tributária encaminhada ao Congresso, o governo havia previsto uma redução para 12,5% no ano que vem

    Isabel Versiani, da Reuters

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo já está praticamente convencido de que a alíquota do IRPJ (Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas) pode ser reduzida em pelo menos 5 pontos percentuais “imediatamente” (em 2022) e que esse corte pode chegar a 10 pontos se o país tiver a “coragem” de reduzir alguns subsídios.

    “Podemos ambicionar uma redução de 10% para todas as empresas”, disse Guedes nesta quinta-feira (1º) durante pronunciamento à imprensa para comentar os dados de criação de empregos formais computados pelo Caged em maio.

    A alíquota do IRPJ é hoje de 15%, e, em proposta de reforma tributária encaminhada ao Congresso na semana passada, o governo havia previsto uma redução para 12,5% em 2022 e para 10% em 2023.

    “Se tivermos a coragem de remover dois, três, quatro grandes subsídios podemos ir até uma redução de 10%”, afirmou Guedes. Sem detalhar, ele disse que a maioria dos subsídios tributários está concentrada em cartéis e oligopólios ou monopólios e que o fim das isenções para poucas empresas viabilizaria um corte maior no IRPJ.

    Guedes frisou que um princípio básico da reforma tributária do governo é que ela não pode gerar, em seu conjunto, aumento de arrecadação.

    Sobre a proposta de tributar os dividendos distribuídos aos acionistas em 20%, o ministro disse que o governo tem certeza de que está no caminho certo. Segundo Guedes, com a não tributação dos rendimentos de capital, apenas 20 mil pessoas receberam 280 bilhões de reais em isenções, o que ele disse considerar inaceitável em um país desigual como o Brasil.

    “É natural, vai ter muita reclamação, mas nós estamos convencidos de que estamos dando o passo certo”, afirmou.

     

    (Por Isabel Versiani)