Guedes deve aproveitar mudanças ministeriais para reestruturar Economia
Ministro da Economia pretende fundir as secretarias do Tesouro Nacional e do Orçamento Federal e, até o final do ano, criar a secretaria de Estudos Econômicos
O ministro Paulo Guedes deve aproveitar a criação do Ministério do Trabalho para realizar mudanças administrativas no Ministério da Economia.
Em curto prazo, a intenção do ministro é fundir as secretarias do Tesouro Nacional e do Orçamento Federal, que hoje fazem parte da Secretaria Especial de Fazenda.
Até o final do ano, o ministro pretende ainda criar uma nova estrutura, a secretaria de Estudos Econômicos, que ficaria responsável pela elaboração de medidas econômicas.
O objetivo das alterações, de acordo com relatos feitos à CNN, é tanto otimizar a atuação das estruturas atuais como turbinar a elaboração de novos programas federais.
Segundo cálculo do próprio governo, a fusão das pastas que criaram o Ministério da Economia representou uma diminuição de 3 mil cargos e uma redução de gastos de cerca de R$ 5 bilhões.
A expectativa é de que nesta segunda-feira (26) o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) oficialize as mudanças na Esplanada dos Ministérios. Antes de anunciá-las, ele se reunirá com o senador Ciro Nogueira (PP-AL), convidado para a assumir a Casa Civil.
Apesar da pressão do bloco do centrão por mais separações na Economia, Bolsonaro sinalizou no final de semana que, pelo menos por enquanto, manterá Planejamento e Indústria e Comércio sob o controle da pasta de Guedes.
A única estrutura que deve ganhar status ministerial será Trabalho, que passará a ser comandada pelo atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni.
A separação de Trabalho teve a participação de Guedes, que, na tentativa de dar continuidade aos programas que implementou, emplacou o atual secretário especial da Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, para o posto de secretário-executivo da nova pasta.