Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Guedes defende zerar contribuição patronal sobre mínimo em troca de ‘nova CPMF’

    Medida seria uma das compensações à “contribuição sobre pagamentos eletrônicos”, novo tributo que equipe econômica quer criar

    Igor Gadelhada CNN

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse à CNN que o governo pretende zerar a contribuição patronal ao INSS sobre remunerações de até um salário mínimo. A medida seria uma das compensações à “contribuição sobre pagamentos eletrônicos”, novo tributo nos moldes da antiga CPMF que a equipe econômica quer criar na reforma tributária.

    O discurso de Guedes é de que a proposta de mudança no pagamento de tributos do governo não acarretará aumento de impostos. “Vamos simplificar e reduzir os impostos. Quem não paga vai pagar. Quando todos pagam, pagamos menos”, argumentou o ministro. “Não haverá aumento de impostos.”

    Leia mais:
    Maia traz Centrão para articulação da reforma tributária
    Guedes deve ser ouvido na quarta em comissão da reforma tributária no Congresso
    Planalto avança na articulação da reforma tributária após reunião

    Segundo Guedes, a contribuição sobre pagamentos eletrônicos poderá possibilitar ainda a redução de impostos cobrados de empregadores sobre a folha de pagamentos para outras faixas salariais, bem como reduzir o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para alguns setores e até aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda.

    “Como reduzir IPI? Como reduzir impostos sobre baixos salários aumentando a faixa de isenção? Contribuição sobre pagamentos eletrônicos, ampliando a base de contribuintes”, disse Guedes. Para ele, o tributo não significará aumento de impostos, pois a “arrecadação vai ser a mesma”. “Quem não pagava vai pagar, para que todos paguem menos”.

    Atualmente, as empresas contribuem ao INSS com 20% sobre o total das remunerações pagas durante o mês a seus empregados. A ideia de Guedes seria tirar dessa conta remunerações de até um salário mínimo. Até dezembro de 2020, 17 setores da economia estão autorizados a trocar esses 20% por uma contribuição que varia de 1% a 4,5% sobre o faturamento bruto da empresa.

    Em junho, o Congresso aprovou a prorrogação dessa desoneração para até o final de 2021. Por orientação da equipe econômica, porém, Bolsonaro vetou esse trecho do projeto. Agora, caberá aos parlamentares decidir se mantêm ou não o veto do presidente. O consenso entre os congressistas até agora tem sido derrubar o veto. 

    Aval de Bolsonaro

    Neste domingo (2), o presidente Jair Bolsonaro confirmou à imprensa que deu aval para o ministro da Economia debater com o Congresso a criação da contribuição em troca de redução ou extinção de outros impostos. Ele citou como exemplo a redução de porcentuais da tabela do IR ou ampliação da isenção e desoneração da folha.