Governo avalia auxílio emergencial de transição para novo Bolsa Família
Com atraso na vacinação, Economia e Cidadania avaliam prorrogar benefício emergencial por dois ou três meses antes do anúncio do novo formato do programa social
Com o atraso na vacinação do país, o governo federal avalia estender o auxílio emergencial por um curto período, em uma espécie de transição para a criação do novo formato do Bolsa Família.
A ideia discutida pelos ministérios da Economia e da Cidadania é prorrogar o benefício emergencial por mais dois ou três meses, até que uma maior parcela da população adulta seja imunizada contra o coronavírus.
A nova extensão, que seria menor que o período atual de quatro meses, é baseada nos cronogramas de vacinação anunciados por gestões estaduais. O governo de São Paulo, por exemplo, prometeu imunizar toda a população até o final de outubro.
A possibilidade de criar uma transição para o fim do auxílio emergencial atende a pedidos de integrantes do bloco do centrão, que vinham cobrando do governo federal que a ajuda financeira fosse paga por mais tempo diante do quadro de dificuldade econômica.
Hoje, o valor médio do auxílio emergencial é de R$ 250. A ideia é que o novo Bolsa Família, hoje pago em uma quantia média de R$ 190, seja equiparado ao auxílio emergencial e expandido para um número maior de beneficiários.
Segundo assessores presidenciais, para este ano, o governo federal tem capacidade financeira para reformular o programa de assistência, já que o pagamento do auxílio emergencial diminuiu os gastos com o Bolsa Família.
A dúvida, discutida pela equipe econômica, é se haverá fôlego no orçamento do próximo ano para uma ampliação da iniciativa.