Gastos com home office crescem mais de 2.000% durante a pandemia
Segundo o levantamento, só no mês de novembro, o crescimento com gastos para o home office cresceram 70% em relação ao mesmo mês do ano passado
Com o escritório migrando para dentro de casa, os gastos com equipamentos, infraestrutura de trabalho e alimentação cresceram 2.140% entre janeiro e novembro deste ano. É o que aponta os dados da Vee, startup de recursos humanos e serviços financeiros que trabalha com benefícios aos colaboradores.
Segundo o levantamento, só no mês de novembro, o crescimento com gastos para o home office cresceram 70% em relação ao mesmo mês do ano passado. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que, em outubro, 7,6 milhões de brasileiros trabalharam em casa por conta da pandemia e detinham 18% da massa de rendimentos dos trabalhadores brasileiros.
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Entre os itens de home office acompanhados pelo estudo da startup estão os móveis de escritório, como cadeiras e mesas, energia elétrica, telefonia e alimentação. Computadores e demais eletrônicos não foram inseridos.
Na categoria alimentação, gastos com supermercado subiram 58%, mas a maior alta foi relacionada ao delivery de comida. Os gastos com refeições prontas entregues em domicílio cresceram 664%, sendo que o volume de pedidos aumentou mais de 6 vezes entre janeiro e novembro na comparação com o mesmo período de 2019.
Mudanças no benefício
A startup apontou que a mudança no perfil dos gastos relacionada ao local de trabalho tem exigido que as empresas alterem também o tipo de benefício que oferecem aos colaboradores.
O vale-transporte, por exemplo, passa a dar lugar a opções que fazem mais sentido para o trabalho remoto. A empresa aposta exatamente nesse novo modelo de benefício que ganhou força com a pandemia. O aplicativo da Vee permite que os usuários do seu cartão paguem, além de compras no mercado e pedidos de comida por app, contas de luz e internet.
O resultado tem sido um crescimento importante da empresa e de seus serviços. O cartão de benefícios passou de 3 mil para 40 mil usuários entre o começo da pandemia e o mês de agosto. No período, o faturamento da empresa saltou de R$ 1 milhão para R$ 8 milhões.