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    FGV espera alta de quase 1% na inflação em julho

    Alta vai ser puxada pela energia elétrica, ressalta especialista

    Das 16 cidades do Amapá, apenas Oiapoque, Laranjal do Jari e Vitória do Jari contam com o fornecimento de energia regular
    Das 16 cidades do Amapá, apenas Oiapoque, Laranjal do Jari e Vitória do Jari contam com o fornecimento de energia regular Foto: Marcos Santos/USP Imagens

    Lucas Janone, da CNN, no Rio de Janeiro

    Puxado pela alta da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – deve ficar em 0,9% em julho, em comparação com o mês anterior. A projeção foi feita por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (9). O aumento no preço da energia elétrica acontece no mesmo momento em que o Brasil vive uma crise hídrica.

    Segundo o boletim divulgado pela Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o país vive a pior seca dos últimos 91 anos. Com a falta de chuva e a necessidade do maior uso de usinas termoelétricas, a conta de luz ficou mais cara. Atualmente, a bandeira tarifária é a vermelha, patamar 2, com custo de R$ 9,492 para cada 100kw/hora consumido.

     

    À CNN, o coordenador do IPCA do FGV IBRE, André Braz, explicou que além da energia elétrica, o setor petrolífero também vai influenciar na alta do indicador, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10). 

    “Percebemos uma inflação bem alta e atípica para esse período do ano. Analisando a série histórica, esse mês costuma ter índices baixos, algo que não vai acontecer em 2021. Essa mudança de comportamento aconteceu primeiramente pela crise hídrica, ou seja, o problema com a energia elétrica e a necessidade da utilização de termoelétricas. Já o setor petrolífero também puxou esse resultado, com o destaque para o preço do dólar”, disse Braz.  

    Em junho, a inflação no Brasil ficou em ficou em 0,53%, após ter registrado taxa de 0,83% em maio.  De acordo com o IBGE, o resultado de junho foi o maior resultado para o mês desde junho de 2018 (1,26%). Com isso, o indicador acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses”.