Febraban reafirma apoio a manifesto, mas diz que assunto está ‘encerrado’
Em nota, Federação dos Bancos diz ainda que documento que pedia a harmonia entre os três Poderes cumpriu sua finalidade
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgou nota nesta quinta-feira (2) em que comenta sua participação no manifesto “A Praça é dos Três Poderes”, documento liderado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que pedia a harmonia entre os três Poderes, mas que não foi publicado como anunciado. A Fiesp decidiu por adiar sua publicação.
Na nota, a Febraban diz reafirmar seu apoio ao manifesto e que aderiu ao documento, aprovado por sua governança, “dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no país.”
Por discordar do manifesto, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil chegaram a cogitar deixar a Federação, que se posiciona na nota dizendo respeitar a opção dos dois bancos em se posicionarem contra o documento.
A Febraban destaca também que o objetivo do manifesto, apesar de não ter sido publicado, foi cumprido ao ser amplamente divulgado na mídia e ao se “juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade”, segundo o texto, elementos que são base da democracia.
Por isso, Febraban diz que considera o assunto “encerrado, e, com isso, não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp”. A entidade dos bancos afirma ainda que a coordenação do documento foi de responsabilidade da Federação das indústrias, que coletou as assinaturas.
Após divulgar que o manifesto seria publicado na grande mídia, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse à CNN Brasil que a publicação de documento solicitando a harmonia entre os Três Poderes foi prorrogada com o objetivo de permitir novas adesões.
O manifesto chegou a ter 200 adesões de membros do setor empresarial, o que, segundo apuração da analista da CNN Brasil Basília Rodrigues, preocupou ministros palacianos. Os analistas da CNN Raquel Landim, Caio Junqueira e Thais Arbex também destacam que a manifestação dos setores que movimentam a economia poderia ter um peso importante no cenário político.
Já o ex-economista-chefe da Federação Roberto Luis Troster, em entrevista à CNN, afirmou que a crise na entidade é “triste e lamentável”.
Confira a íntegra da nota da Febraban:
“A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) reafirma o apoio emprestado ao manifesto “A Praça é dos Três Poderes”, cuja adesão se deu, desde o início, dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no país.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) assumiu a coordenação do processo de coleta de assinaturas e se responsabilizou pela publicação, conforme e-mail dirigido a mais de 200 entidades no último dia 27 de agosto.
A Febraban considera que o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do país, cumprindo sua finalidade.
A Federação manifesta respeito pela opção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do manifesto.
Diante disso, a Febraban avalia que, no seu âmbito, o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto.
A Febraban confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa.
Febraban– Federação Brasileira de Bancos
Diretoria de Comunicação”