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    Este é o motivo pelo qual empresas dos EUA (ainda) querem ter operação na China

    A China é simplesmente uma oportunidade grande demais para ser perdida, dado o tamanho de sua base de consumidores e seu ritmo contínuo de crescimento

    Pessoas em rua de Hong Kong, na China
    Pessoas em rua de Hong Kong, na China Foto: d3sign / Getty Images

    Julia Horowitz, CNN Business

     

    É difícil para as empresas americanas operarem na China. Mas os dados mais recentes sobre a economia do país mostram por que, para muitas companhias, ainda vale a pena.

    O que está acontecendo: a economia da China cresceu 7,9% no trimestre de abril a junho em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas da China, na quinta-feira (15).

    Essa taxa de crescimento foi significativamente mais lenta do que o aumento de 18,3% registrado pela China no primeiro trimestre. Mas esse avanço foi impulsionado por comparações com um  período em que o país estava em lockdown contra a Covid-19 — logo, ninguém esperava que um crescimento dessa magnitude fosse mantido.

    “Ao todo, a atividade na China permaneceu forte no [segundo trimestre]”, disse Julian Evans-Pritchard, economista sênior da Capital Economics para a China, em nota aos clientes.

    Existem alguns sinais de fraqueza, porém. O crescimento das vendas no varejo desacelerou para 12,1% em junho, ante 12,4% em maio, de acordo com os dados divulgados na quinta-feira (15). Essa é a taxa de crescimento mais lenta deste ano.

    “[Os] dados continuam indicando uma recuperação desigual”, disse Yue Su, economista-chefe da The Economist Intelligence Unit.

    Mas, em termos gerais, um crescimento de 7,9% conforme a recuperação se solidifica é digno de nota e mantém a China no caminho para superar facilmente sua meta de crescimento anual de mais de 6%.

    As estatísticas lembram por que as empresas americanas e outras multinacionais estão determinadas a continuar fazendo negócios na China, apesar da regulamentação imprevisível, dos problemas de acesso ao mercado e da proteção da propriedade intelectual.

    Em sua declaração de lucros no início deste mês, a Levi Strauss disse que a receita na China no segundo trimestre foi 3% maior do que no mesmo período de 2019.

    “Como uma de nossas maiores oportunidades de crescimento, continuamos focados em manter esse impulso”, disse Chip Bergh, CEO da Levi, a analistas.

    O CEO da PepsiCo, Ramon Laguarta, elogiou a força dos negócios da empresa na China em uma teleconferência com analistas esta semana, apontando para a forte recuperação econômica após a crise da Covid.

    As tensões entre Washington e Pequim e as preocupações com os direitos humanos tornaram recentemente os negócios na China ainda mais difíceis para as empresas ocidentais.

    Lembre-se: no início deste ano, empresas como H&M, Nike, Adidas e Burberry enfrentaram boicotes por causa de posições que tomaram no passado contra o suposto uso de trabalho forçado para produzir algodão na região oeste da China de Xinjiang.

    Mas, para muitos, a China é simplesmente uma oportunidade grande demais para ser perdida, dado o tamanho de sua base de consumidores e seu ritmo contínuo de crescimento.

    (Texto traduzido. Para ler o original, clique aqui.)