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    Equipe econômica vê Ford como ‘péssima’ notícia, mas rechaça culpa do governo

    Secretários do Ministério da Economia ponderaram, contudo, que a culpa não é do governo federal, pois se tratou de uma realocação internacional da Ford

    Igor Gadelhada CNN

    Integrantes da equipe econômica avaliaram, nos bastidores, como “péssima notícia” a decisão da montadora Ford de encerrar a produção de carros no Brasil. Para auxiliares do ministro Paulo Guedes, o anúncio “pega mal”, na medida em que passa um sinal ruim para o mercado. 

    Secretários do Ministério da Economia ponderaram, contudo, que a culpa não é do governo federal, pois se tratou de uma realocação internacional da Ford, e não de uma decisão local, influenciada por questões que poderiam ser alteradas pela equipe econômica. 

    Auxiliares de Guedes ressaltaram que, por ter sido uma decisão global, a empresa não teria sequer procurado o governo. “Não foi uma decisão local. Foi realocação internacional. Se houvesse algo que o governo pudesse ter feito, eles teriam nos procurado”, disse à CNN um secretário.

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    Integrantes da equipe econômica ressaltaram ainda que, embora negativa, a decisão da Ford poderá ser usada como argumento em defesa da abertura comercial e da necessidade de aprovação da reforma tributária, cujo texto ainda está parado no Congresso Nacional.

    Em nota oficial, o Ministério lamentou a “decisão global e estratégica da Ford” de encerrar a produção no Brasil e afirmou que ela “destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país, muitos já registrando resultados superiores ao período pré-crise”.

    “O ministério trabalha intensamente na redução do Custo Brasil com iniciativas que já promoveram avanços importantes. Isto reforça a necessidade de rápida implementação das medidas de melhoria do ambiente de negócios e de avançar nas reformas estruturais”, diz a nota.

    Fábricas fechadas

    Segundo a Ford, serão fechadas as fábricas de Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Horizonte (CE) – em 2019, a empresa já havia encerrado a produção em São Bernardo do Campo (SP). Pela estimativa da montadora, cerca de 5 mil funcionários devem ser afetados na América do Sul.

    A montadora informou que seguirá importando no Brasil utilitários esportivos, picapes e veículos comerciais de fábricas da Argentina, Uruguai e outras origens, mantendo “assistência total” ao consumidor brasileiro com operações de vendas, serviços, peças de reposição e garantia.

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