Equipe econômica sinaliza liberação de R$ 4,8 bilhões para ministérios e órgãos
O valor é possível com a redução na estimativa para o déficit primário do governo central em 2021 para R$ 187,7 bilhões, ante R$ 286 bilhões calculados antes
O ministério da Economia sinalizou, nesta sexta-feira (21), o desbloqueio de R$ 4,8 bilhões em recursos para ministérios e órgãos federais. O valor é possível com a redução na estimativa para o déficit primário do governo central em 2021 para R$ 187,7 bilhões, ante R$ 286 bilhões calculados antes.
Segundo o secretário especial de Fazenda da pasta, Bruno Funchal, as revisões são reflexo de uma retomada econômica e do resultado positivo da arrecadação nos primeiros meses do ano.
“A receita veio muito acima do esperado. Essa retomada forte da economia, essa maior arrecadação, teve impacto forte nessa revisão”, comentou.
Ele também mencionou a Medida Provisória que renova o programa de manutenção de empregos por meio de acordos de redução de salário e jornada, o BEm. “Vai ter uma revisão no seguro-desemprego para baixo, porque você tem mais pessoas aderindo aos acordos de trabalho”, observou.
Funchal esclareceu ainda que os órgãos a serem beneficiados com os recursos ainda serão definidos pela Junta de Execução Orçamentária. “Especificamente, qual área, ministério vai ser beneficiado por esse resultado, isso vai ser discutido. É uma decisão de governo para um segundo momento de decisão na JEO”, afirmou.
Abaixo da meta
Com a nova projeção para o rombo fiscal nas contas públicas, o resultado primário, que exclui os gastos com juros, deve ficar abaixo da meta de déficit prevista no Orçamento de 2021, de R$ 247,118 bilhões.
“Continuamos com déficit, mas com uma trajetória de melhora ao longo do ano. A previsão para o déficit caiu pelo grande efeito pelo lado da receita (arrecadação) e uma despesa controlada, mesmo com créditos extraordinários. A gente tem uma trajetória forte de déficit menor do que projetávamos antes”, explicou o secretário.
