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    Equipe econômica mantém projeção de alta de 3,2% para PIB de 2021

    A expectativa segue a mesma de setembro do ano passado

    Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em São Paulo

     

    Mesmo com o o avanço da crise sanitária e o retorno das medidas restritivas, como o lockdown em vários estados, o governo federal manteve a projeção de alta de 3,2% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. A expectativa segue a mesma de setembro do ano passado. 

    A estimativa está no Boletim Macrofiscal divulgado pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia nesta quarta-feira (17). “As incertezas são elevadas com os desafios de enfrentamento à pandemia, mas deve-se considerar os indicadores no primeiro bimestre que apontam continuidade da recuperação da atividade econômica”, diz o documento. 

    A previsão da equipe econômica não se difere muito da expectativa do mercado financeiro, que espera crescimento de 3,23% na economia de 2021, de acordo com a última edição do boletim Focus. No entanto, a expectativa do mercado vem caindo gradualmente nas últimas semanas. Há um mês, a projeção era de alta de 3,46%. 

    Tanto o governo quanto os economistas concordam que não deve haver crescimento no primeiro trimestre deste ano. Enquanto a equipe econômica aposta em um recuo de 0,35%, o mercado financeiro vê queda de 0,80%. 

    “O desempenho da economia no mês de março ainda é incerto, haja vista novos fatores que estão surgindo em decorrência da pandemia, como a maior rigidez das regras de distanciamento que afetam a atividade econômica”, diz a SPE, em nota.  

    No ano passado, os impactos da pandemia, das medidas restritivas e do isolamento social levaram a atividade econômica à registrar tombo recorde de 4,1%. 

    Inflação mais alta

    O ministério da Economia revisou para cima a projeção de inflação para este ano. A previsão é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avance 4,42%, ante a estimativa de 3,24% feita em setembro do ano passado. 

    “O principal responsável pela elevação da projeção foi o preço dos alimentos. Todavia, as expectativas a partir de 2022 apontam convergência da inflação para o centro da meta”, observa a SPE. Por sua vez, os analistas do mercado financeiro já esperam inflação de 4,60% em 2021. 

    Para este ano, o centro da meta da inflação é de 3,75%. Mas a meta, em si, tem uma margem de 1,5 ponto percentual para cima (5,25%) e para baixo (2,25%). Logo, pela estimativa do governo, não haverá descumprimento da meta de inflação.