Entenda o que são Nord Stream 1 e 2 e como eles impactam o Brasil
Em meio a cortes de fornecimento, sanções e conflitos diplomáticos, Nord Stream 1 e 2 são chave para entender as consequências da invasão russa à Ucrânia
Com cidades na Europa atingindo temperaturas recordes — e o inverno europeu gradativamente se aproximando — a União Europeia (UE) busca medidas emergenciais para economizar energia, e buscar novas alternativas àquelas antes fornecidas pela Rússia.
Em meio a cortes de fornecimentos, sanções e conflitos diplomáticos, Nord Stream 1 e Nord Stream 2 são termos que aparecem com frequência. Isso porque os gasodutos são chave para entender as consequências da invasão russa ao seu vizinho, e têm o potencial de instaurar uma verdadeira crise energética na Europa — que traria impactos (e oportunidades) para o Brasil. Entenda:
Nord Stream 1

O Nord Stream 1 é o maior gasoduto entre a Rússia e Europa, transportando gás para o continente via Alemanha. Ele está em operação desde 2011, e tem como proprietário majoritário a Gazprom, maior empresa de energia da Rússia.
Com cerca de 1.200 km de extensão, o gasoduto tem capacidade de transportar 55 bilhões de metros cúbicos de gás natural por ano.
Nord Stream 2

O Nord Stream 2 é o segundo gasoduto entre o oeste da Rússia e nordeste da Alemanha, também pertencente à estatal Gazprom. Ele passa sob o Mar Báltico, e tem aproximadamente 1.200 km de extensão.
Pelo gasoduto, também são transportados 55 bilhões de metros cúbicos de gás ao ano. Ou seja: no total, a Rússia tem o potencial de fornecer 110 bilhões de metros cúbicos de gás por ano à Europa.
O projeto, que existe há alguns anos, saiu do papel em maio de 2018, e foi finalizado em setembro de 2021. Apesar da conclusão, o Nord Stream 2 ainda não entrou em atividade, devido a questões burocráticas envolvendo regulamentações europeias. Com a guerra, não está claro quando (e se) isso irá acontecer.
Essa não é a primeira vez que o gasoduto está envolvido em controvérsias: os Estados Unidos se posicionaram contra o acordo desde o início. Em 2018, o então presidente dos EUA, Donald Trump, impôs sanções a todo indivíduo ou entidade envolvidos no projeto, em uma tentativa de pressionar a então chanceler Angela Merkel a desistir do acordo.
Em 2021, contudo, a medida foi revertida por Joe Biden, que buscava amenizar as relações entre Washington e Berlim.
Guerra e sanções
O setor de energia é fundamental para entender os desdobramentos da invasão russa à Ucrânia. Iniciada em 24 de fevereiro deste ano, ela levou a uma troca de golpes econômicos entre a Rússia e o Ocidente, responsáveis por desencadear uma série de questões energéticas para a Europa.
Quando a guerra na Ucrânia começou, os países do Ocidente retalharam com uma série de sanções, que vão desde a exclusão de bancos russos do Swift, sistema global de pagamentos, a medidas que envolvem a família e pessoas próximas de Vladimir Putin.
Em resposta, a Rússia vem tomando medidas envolvendo as ferramentas mais poderosas que tem: gás natural.
No final de março, Putin anunciou que os países “hostis” da Europa que compram gás russo deveriam pagar exclusivamente em rublos, a moeda oficial russa, com risco de cortes de fornecimento caso descumprissem a regra.
Isso significa que os mesmos países que impuseram sanções à Rússia teriam que comprar rublos a taxas fixadas pelo banco central do país, aumentando a demanda pela moeda e reforçando seu valor. Bulgária e Polônia, que se recusaram a pagar em rublos, tiveram seu fornecimento de gás cortado, por exemplo.
Após reunião com os membros da União Europeia, o bloco decidiu não aderir à exigência, alegando que o pagamento das compras de gás russo em rublos representava uma ruptura das sanções adotadas pela UE contra a Rússia.
Na data, a comissária europeia de Energia, Kadri Simson, afirmou que a União Europeia deveria se preparar para uma suspensão do abastecimento. E é o que tem ocorrido: o fluxo de gás à Europa — especialmente à Alemanha, um dos países mais dependentes dele — está flutuando.
No início de julho, a Gazprom fechou o Nord Stream 1 por 10 dias, alegando a necessidade de trabalhos de manutenção.
No final de julho, a Rússia reduziu a 20% o fluxo de gás do Nord Stream 1, sendo que o duto já operava em 40% da capacidade desde junho. A Gazprom alegou que o corte foi causado por problemas técnicos com uma peça do gasoduto, mas o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, afirmou que “não havia razão técnica para uma redução nas entregas”.
“Usando a Gazprom, Moscou está fazendo todo o possível para tornar o próximo inverno o mais duro possível para os países europeus. O terror deve ser respondido – impor sanções”, complementou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em um discurso em vídeo.
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Invasão começou na quinta-feira, 24 de fevereiro, com bombardeios em diversas cidades da Ucrânia. Na imagem, uma explosão ocorre na capital Kiev • Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Diversas explosões foram registradas na Ucrânia após invasão de tropas russas na madrugada de quinta-feira (24) • Ministério do Interior da Ucrânia
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Fumaça sai da região que abriga o Ministério da Defesa da Ucrânia em Kiev • Reuters
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Engarrafamento registrado em Kiev, capital da Ucrânia • Reprodução/Reuters
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Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convocou cidadãos para luta armada e pede doações de sangue no dia da invasão • CNN / Reprodução
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Moradores de Kiev deixam a cidade após ataques de mísseis das forças armadas russas e de Belarus, em 24 de fevereiro de 2022 • Getty Images
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Tanques em Mariupol após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar a invasão da Ucrânia • 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria
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Tanques entram em Mariupol após presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar invasão da Ucrânia • 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria
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Longa fila de carros em Kiev, tentando sair da Ucrânia, durante o dia 24 de fevereiro • Reuters
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Espaço aéreo na Ucrânia foi completamente fechado após invasão de tropas russas no país • CNN / Reprodução
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Pesssoas esperam trens em estação enquanto tentam deixar Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, após a Rússia iniciar um ataque em larga escala ao país • Getty Images
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Estrutura danificada por um míssil em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na Ucrânia • Chris McGrath/Getty Images
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Civis de Donetsk e Luhansk, regiões com predominância de separatistas russos, em Donbass, estão se instalando em campos em Rostov, na Rússia, após a evacuação da região em 21 de fevereiro de 2022 • Sefa Karacan/Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas esperam ônibus em rodoviária em tentativa de deixar Kiev, a capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Pierre Crom/Getty Images
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Caminhões do exército russo passam por um posto policial em Armyansk, no norte da Crimeia, em 24 de fevereiro de 2022 • Sergei Malgavko/TASS via Getty Images
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Veículos militares deixam a cidade de Armyansk, no norte da Crimeia, após ataque russo na Ucrânia • Sergei Malgavko/TASS via Getty Images
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Tanque militar ucraniano próximo da escadaria Potenkin, no centro de Odessa, na Ucrânia,o após operação militar russa em 24 de fevereiro de 2022 • Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
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Veículos militares após operação militar da Rússia, em Kramatorsk, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, no que foi classificado como maior ataque militar entre países da Europa desde a Segunda Guerra Mundial • Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
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O bispo da Eparquia Católica Ucraniana da Sagrada Família de Londres junta-se a protesto realizado por ucranianos contra a invasão russa em Downing Street, no centro de Londres, em 24 de fevereiro de 2022 • Yui Mok/PA Images via Getty Images
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Protesto em Berlim na Alemanha em apoio aos ucranianos e pedindo o fim da operação militar russa no país, em 24 de fevereiro de 2022 • Abdulhamid Hosbas/Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas fazem filas para sacar dinheiro nos caixas eletrônicos com medo dos ataques russos em Odessa, Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
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Mulher chora após entrar na Polônica, na fronteira entre o país e a Ucrânia, após bombardeio russo. Conflito criou uma onda de refugiados que busca abrigo em países vizinhos, como a Polônia, a Hungria e a Romênia • Dominika Zarzycka/NurPhoto via Getty Images
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Primeiros imigrantes ucranianos começam a entrar na Polônia, após ataque russo no país • NurPhoto via Getty Images
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Foguetes militares cruzam o céu durante entrada de repórter da CNN na Rússia • CNN
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Pessoas formam filas nos supermercados em Kiev, Ucrânia, com medo do desabastecimento devido aos ataques russos no país, que já mataram mais de 40 soldados ucranianos • Future Publishing via Getty Images
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Carros fazem fila em um posto de gasolina em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Future Publishing via Getty Images
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Metrô de Kharkiv virou abrigo improvisado, como flagrou equipe de CNN • CNN
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Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Future Publishing via Getty ImagVyacheslav Madiyevskyy/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images
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Bombeiros ucranianos chegam para resgatar cidadãos após ataque aéreo atingir um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Um apartamento danificiado após um ataque aéreo russo em um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Militares jogam itens em um incêndio do lado de fora de um prédio de inteligência em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Chris McGrath/Getty Images
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Avião militar dos EUA decola de base aérea em Ramstein, no estado alemão de Renânia-Palatinado, em 24 de fevereiro de 2022. Otan está fortalecendo suas tropas orientais. • dpa/picture alliance via Getty Images
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Fumaça escura sobe de um aeroporto militar, em Chuguyev, perto de Kiev, segunda maior cidade da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022
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Posto de controle na região de Kiev danificado por disparos de artilharia • 24/02/2022 Serviço de Imprensa do Serviço de Guarda Ucraniano/Divulgação via REUTERS
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Bombeiros tentam apagar incêndio em prédio residencial na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Manifestantes protestam em Berlim contra invsão da Ucrânia pela Rússia • 24/02/2022REUTERS/Christian Mang
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Helicópteros militares russos durante voo-teste na região de Rostov • 19/01/2022REUTERS/Sergey Pivovarov
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Bombeiros chegam para apagar fogo em edifício de apartamentos em Chuhuiv no leste da Ucrânia • Justin Yau/Sipa USA via Reuters - 24.fev.22
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Equipes de resgate no local de queda de avião das Forças Armadas da Ucrânia na região de Kiev • 24/02/2022Serviço de Imprensa do Serviço de Emergências da Ucrânia/Divulgação via REUTERS
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Centenas de moradores de um prédio residencial danificado por um míssil se reúnem em um abrigo antibomba no porão de uma escola em Kiev, em 25 de fevereiro de 2022 • Getty Images
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Uma criança brinca no parquinho enquanto civis são vistos do lado de fora de um prédio residencial da região de Kiev, atingido durante intervenção militar russa, em 25 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Guardas de fronteira ucranianos que serviam no ponto de passagem de Chongar e entregaram suas armas, em 25 de fevereiro de 2022 • FSB/TASS via Getty Images
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Um homem olha pela janela de um apartamento danificado em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev • Getty Images
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Um homem caminha com seu cachorro na frente de um bloco residencial danificado por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev • Getty Images
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Um quarto queimado e danificado de um apartamento é visto em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal em 25 de fevereiro de 2022 em Kiev • Getty Images
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Ucraniano recolhe seus pertences após o quarto ser danificado por um míssil, em Kiev, 25 de fevereiro de 2022 • Getty Images
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Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Um veículo blindado circula no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images
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Uma visão do edifício danificado em Kiev, que foi atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images
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Cidadãos ucranianos chegam à Romênia cruzando a fronteira de Siret, em 26 de fevereiro de 2022, depois que a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia. • Anadolu Agency via Getty Images
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Militares ucranianos chegam da ilha de Zmeiny, em 26 de fevereiro de 2022, após se renderem voluntariamente às tropas russas. Com certos procedimentos legais concluídos, eles serão enviados de volta para suas famílias na Ucrânia. • Russian Defence Ministry/TASS
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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky discursa uma mensagem em vídeo ao povo da Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. • Presidência da Ucrânia
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Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images
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Um soldado ucraniano é visto atrás de pneus no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Moradores do Dnipro se reúnem no Rocket Park para preparar coquetéis molotov no 4º dia desde o início dos ataques russos em larga escala no país, em Dnipro, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas são fotografadas no posto de controle Uzhhorod-Vysne Nemecke na fronteira Ucrânia-Eslováquia, região de Zakarpattia, oeste da Ucrânia. • Future Publishing via Getty Imag
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Pessoas são fotografadas no posto de controle Uzhhorod-Vysne Nemecke na fronteira Ucrânia-Eslováquia, região de Zakarpattia, oeste da Ucrânia • Future Publishing via Getty Imag
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As forças russas e os separatistas pró-russos assumem o controle da vila de Nikolaevka, região de Donetsk, Ucrânia em 27 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images
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As forças russas e os separatistas pró-russos assumem o controle da vila de Nikolaevka, região de Donetsk, Ucrânia em 27 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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As forças de segurança ucranianas nas ruas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Reunião entre Rússia e Ucrânia por cessar-fogo é encerrada sem acordo • Anadolu Agency via Getty Images
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Conversas entre Ucrânia e Rússia em Belarus • Alexander Kryazhev/POOL/TASS via
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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky faz um discurso em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Uma mulher passa por um prédio danificado em uma rua após o toque de recolher ser temporariamente suspenso em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas fazem longas filas nos supermercados após o toque de recolher ser temporariamente suspenso em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Membros das forças ucranianas inspecionam motoristas de carros procurando algo suspeito. As forças de segurança ucranianas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Os militares ucranianos retiram a ajuda coletada da população para trazê-la à frente no 5º dia desde o início dos ataques russos em grande escala no país, em Dnipro, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Grupos de pessoas com seus pertences dormindo em cadeiras e no chão da estação de Przemysl, seis dias após o início dos ataques da Rússia à Ucrânia, em 1º de março de 2022, em Przemysl, Polônia. A estação de Przemysl tornou-se um refúgio seguro para milhares de pessoas fugindo da guerra que a Rússia lançou contra a Ucrânia • Europa Press via Getty Images
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Grupos de pessoas com seus pertences dormindo em cadeiras e no chão da estação de Przemysl, seis dias após o início dos ataques da Rússia à Ucrânia, em 1º de março de 2022, em Przemysl, Polônia. A estação de Przemysl tornou-se um refúgio seguro para milhares de pessoas fugindo da guerra que a Rússia lançou contra a Ucrânia • Europa Press via Getty Images
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Ataque com mísseis do exército russo em Kharkiv, Ucrânia, em 01 de março de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Danos causados ao gabinete do governador de Kharkiv após o ataque com mísseis do exército russo em Kharkiv, Ucrânia, em 01 de março de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Danos causados ao gabinete do governador de Kharkiv após o ataque com mísseis do exército russo em Kharkiv, Ucrânia, em 01 de março de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Consequências das hostilidades do exército russo em Bucha, região de Kiev, norte da Ucrânia • Vasyl Molchan/Ukrinform/Future Publishing via Getty Images
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Soldados são vistos atrás de pilhas de areia usadas para bloquear uma estrada na capital ucraniana, Kiev, em meio a ataques russos em 01 de março de 2022 • Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
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Civis se concentram nas estações de metrô de Kiev para abrigar-se dos ataques russos em 2 de março de 2022 • Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
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Civis se concentram nas estações de metrô de Kiev para abrigar-se dos ataques russos em 2 de março de 2022, o 7º dia de bombardeios • Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
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Civis tentam seguir para o oeste a partir de Kiev em estações de trem, em 2 de março de 2022, em meio à invasão russa • Anadolu Agency via Getty Images
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Interior de café destruído após bombardeio de forças russas em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, em 2 março de 2022 • SERGEY BOBOK/AFP via Getty Images
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Assentamentos civis destruídos após ataques da Rússia em Kharkiv, no dia 3 de março de 2022 • tate Emergency Service of Ukraine/Anadolu Agency via Getty Images
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Bairros civis foram atacados em Kharkiv, no 8º dia de conflito na Ucrânia a partir de ataques russos, 3 de março de 2022 • State Emergency Service of Ukraine/Anadolu Agency via Getty Images
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Civis constroem barricadas de ferro e armadilhas para prender veículos blindados em uma tentativa de defender a cidade de ataques russos, em Lviv, Ucrânia, em 3 de março de 2022 • Abdullah Tevge/Anadolu Agency via Getty Images
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Criança dorme em abrigo temporário no Centro Metodológico de Budapeste (BMSZKI), Hungria, enquanto fogem da Ucrânia, em 3 de março de 2022 • Janos Kummer/Getty Images
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Fumaça sobe em assentamentos civis destruídos após ataques russos em Chernihiv, Ucrânia, em 3 de março de 2022 • State Emergency Service of Ukraine/Handout/Anadolu Agency via Getty Images
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Barricadas são estruturadas em frente ao Monumento da Independência e soldados patrulham a região, enquanto sirenes são ouvidas em meio aos ataques da Rússia na capital ucraniana, Kiev, em 3 de março de 2022, o 8º dia de conflitos na região • Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
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Prédio destruído por disparos de artilharia em Irpin, na região de Kiev, na Ucrânia • ]02/03/2022 REUTERS/Serhii Nuzhnenko
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Bombeiros extinguem incêndio em prédio após ataque russo em Chernihiv, na Ucrânia • 03/03/2022 Serviços de Emergência da Ucrânia via REUTERS
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Prefeito da cidade ucraniana de Energodar, Dmytro Orlov, afirmou que um ataque promovido pelas tropas russas provocou um incêndio na usina nuclear de Zaporizhzhia • Reprodução
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Prédio administrativo danificado no complexo da usina nuclear de Zaporizhzhia. na Ucrânia • 04/03/2022 Serviço de Imprensa da Companhia Nacional de Geração de Energia Nuclear Energoatom/Divulgação via REUTERS
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Imagens de satélite Maxar mostram destruição de mercearias e shopping centers no oeste de Mariupol, Ucrânia • Satellite image (c) 2022 Maxar Technologies/Getty Images
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Imagens de satélite Maxar mostram destruição de mercearias e shopping centers no oeste de Mariupol, Ucrânia • Satellite image (c) 2022 Maxar Technologies/Getty Images
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Ponto de ajuda para refugiados da Ucrânia que foi inaugurado no Estádio Municipal Henryk Reymans. em Cracóvia, na Polônia • NurPhoto via Getty Images
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Imagem divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia. Prédio cuja fachada apresenta marcas de explosão seria um hospital infantil e maternidade. Ucrânia acusa Rússia de ataque aéreo no local • Foto: MFA Ucrânia / Twitter
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Mulher ucraniana se emociona ao fugir de Kiev; muitas pessoas se dirigiram para cidades no oeste do país ou para a Polônia em busca de segurança • Reprodução/CNN Brasil (9.mar.2022)
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Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, está sob ataques desde início da invasão • NurPhoto via Getty Images
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Membro de equipe de resgate faz buscas perto de prédio danificado por disparos de artilharia na região ucraniana de Mykolaiv • 08/03/2022 Serviço de Imprensa do Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia/Divulgação via REUTERS
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Mulheres de Moldova recebem refugiadas ucranianas • Divulgação
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Pessoas esperam na estação ferroviária da cidade ucraniana ocidental de Lviv para embarcar em um trem para deixar o país em 7 de março de 2022, enquanto os ataques russos continuam • Anadolu Agency via Getty Images
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Membro da Força de Defesa Territorial Ucraniana faz guarda no centro de Odessa • 08/03/2022 REUTERS/Iryna Nazarchuk
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Residentes e militares ajudam civis a fugir do fronte de gurra na cidade de Irpin. perto de Kiev, na Ucrânia, em 10 de março de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Civis tentam fugir de Irpin, cidade próxima à capital ucraniana Kiev, em 10 de maço de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Soldado americano em um Stryker participa de exercício militar conjunto entre Romênia e EUA, em uma base militar em Smrdan, Romênia • Getty Images
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Tendas são montadas para dar informação e comida para refugiados vindos da Ucrânia em Colônia, cidade da Alemanha, em 10 de março de 2022 • NurPhoto via Getty Images
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Um banner, com um slogan abordando o exército russo, é preso em um checkpoint reforçado com blocos e sacos de areia em Odessa, cidade na Ucrânia • Future Publishing via Getty Imag
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Refugiados saídos da Ucrânia chegam a Portugal, em 10 de março de 2022 • Corbis via Getty Images
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Moradores de um prédio residencial em Kiev após ter sido atingido por ataque aéreo da Rússia em 15 de março de 2022 • Maxym Marusenko/NurPhoto via Getty Images
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Bombeiros combatem incêndio em um prédio residencial danificado por um ataque russo em Kiev, na Ucrânia, em 15 de março de 2022 • Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images
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Destroços de uma escola após um ataque aéreo da Rússia no vilarejo Zelenyi Hai, na Ucrânia, em 15 de março de 2022. Três civis foram resgatados e sete pessoas morreram, de acordo com o Serviço de Emergência Estatal • State Emergency Service of Ukraine / Handout/Anadolu Agency via Getty Images
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Prédio residencial danificado após ter sido atingido por ataque russo em Kiev, na Ucrânia, em 15 de março de 2022 • Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros trabalham para apagar incêndio em um prédio residencial atingido por ataque da Rússia durante a manhã do dia 15 de março de 2022, no distrito de Sviatoshynskyi, em Kiev, na Ucrânia • Chris McGrath/Getty Images
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Bombeiros tentam apagar incêndio em prédio atingido por bombardeio russo no dia 15 de março de 2022, na região de Sviatoshynskyi, em Kiev, na Ucrânia • Chris McGrath/Getty Images
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Pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia encontram abrigo em ginásio esportivo convertido temporariamente em um abrigo, na região de Nowa Huta, em Cracóvia, na Polônia, em 15 de março de 2022 • Omar Marques/Getty Images
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Refugiados que fugiram da Ucrânia estão sendo abrigados em um ginásio esportivo em Zgorzelec, na Polônia • Danilo Dittrich/picture alliance via Getty Images
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Senhora é resgatada de prédio atingido por ataque russo em Kiev, capital ucraniana, no dia 15 de março • Chris McGrath/Getty Images
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Criança retirada de região de Mariupol aguarda em abrigo na província de Donetsk, no leste da Ucrânia • Leon Klein/Anadolu Agency via Getty Images
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Homem busca por pertences em meio aos escombros de um prédio residencial atacado por míssil na região de Kiev • Madeleine Kelly/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Helicópteros russos destruídos por forças ucranianas no aeroporto de Kherson, em 15 de março de 2022 • Planet Labs
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Ataque ucraniano destruiu pelo menos três helicópteros russos • Planet Labs
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Fumaça vinda do aeroporto de Kherson é registrada por drone • Reprodução/Telegram
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Civis que deixaram Mariupol chegam a abrigo em Zaporizhzhia • Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas que cruzaram a fronteira da Ucrânia, adentrando Medyka, na Polônia, esperam para embarcar em ônibus, em 16 de março de 2022 • Victoria Jones/PA Images via Getty Images
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Teatro atingido pelo o que ucranianos acusam de ser mísseis russos • Divulgação/Telegram
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Casas são vistas queimando em Chernihiv, na Ucrânia • Maxar Technologies
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Estádio de Chernihiv sofreu danos significativos após ataque russo • Maxar Technologies
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Objetos danificados são vistos em prédio destruído em uma vila em Kamiyanske, a cerca de 30 quilômetros de Zaporizhzhia, uma das áreas mais bombardeadas da região, em 22 de março de 2022 • Andrea Carrubba/Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoa caminha em frente a um prédio destruído enquanto civis são evacuados através de corredores humanitários da cidade ucraniana de Mauriupol, que está sob o controle do exército russo e de separatistas russos, em 21 de março de 2022 • Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
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Veículo militar danificado em Mariupol, cidade sob controle do exército e de separatistas russos, em 21 de março de 2022 • Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
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Mulher passa por prédio destruído em Mariupol, cidade tomada pela Rússia, em 21 de março de 2022 • Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
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Veículo militar danificado em Mariupol, cidade sob controle do exército e de separatistas russos, em 21 de março de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros combatem incêndio após ataques russos em áreas civis em Kiev, capital da Ucrânia, em 23 de março de 2022 • Alejandro Martinez/Anadolu Agency via Getty Images
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Fumaça sobe após incêndio ser extinto em área civil de Kiev, devido a ataques do exército russo, em 23 de março de 2022 • Alejandro Martinez/Anadolu Agency via Getty Images
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Mulher carrega bebê enquanto espera o trem para a Polônia em Lviv, na Ucrânia. Muitos fogem das cidades desde o início da invasão russa • Joe Raedle/Getty Images
Transição energética
Essas medidas têm impactado radicalmente a União Europeia porque ela é altamente dependente do gás russo. A Rússia fornece cerca de 40% do gás natural europeu — mais da metade, quando se olha exclusivamente para a Alemanha.
Os gasodutos são chave para a transição energética da Europa, que vem assinando uma série de tratados visando controlar o aquecimento global, como o Acordo de Paris, que tem compromissos ambiciosos para a redução da emissão de gás carbônico.
Com isso, os países vêm aposentando suas antigas usinas nucleares e termelétricas (a base de carvão). Como a Alemanha, que no final de 2021, fechou três das últimas seis usinas nucleares que estavam em funcionamento no seu território.
Para suprir a demanda energética do bloco, ele vem ampliando suas fontes renováveis de energia — como eólicas offshore e energia solar. Essas, contudo, não são suficientes para fornecer a quantidade de energia que a UE necessita, especialmente no inverno.
Aí que entra o gás russo, complementando o sistema renovável. Países da UE compram o gás russo no verão, a um preço mais barato, e estocam essa energia em países como Holanda até a chegada do inverno.
O Nord Stream 2, que ainda não entrou em funcionamento, agregaria ainda mais a essa dinâmica. “A Europa contava com o Nord Stream 2 para a expansão energética da próxima década”, explica Edmilson dos Santos, professor associado do Instituto de Energia e Ambiente da USP.
Agora, o bloco tem aprovado medidas emergenciais que buscam reduzir a dependência e reformular o plano energético dos países. Os países da União Europeia aprovaram, no final de julho, um plano de emergência para conter sua demanda de gás.
Bruxelas está pedindo aos estados-membros que se preparem economizando gás e armazenando-o para o inverno. Além disso, os ministros da Energia aprovaram uma proposta para que todos os países da UE reduzam voluntariamente o uso de gás em 15% de agosto a março.
Para lidar com a redução do fluxo, a UE ainda afirmou que voltaria temporariamente à energia do carvão, reativando suas usinas. Momentaneamente, o bloco também aumentou sua importação de gás dos Estados Unidos.
“A Rússia se tornou um fornecedor de produtos não confiáveis”, explica Pedro Rodrigues, sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), à CNN. Por essa razão, ainda que a Rússia retome o fluxo de gás e o Nord Stream 2 entre em funcionamento, será necessário pensar em novas alternativas no longo prazo para substituir esse serviço.
O especialista explica ainda que a Europa estava tão preocupada em acelerar sua transição energética que se esqueceu de um ponto central: a segurança energética.
“A Europa se colocou dependente de fontes renováveis e do gás russo”, ressalta. “Hoje, não há nenhuma tecnologia com preço competitivo que consiga resolver essa situação.” Ele cita o hidrogênio verde, por exemplo, que é uma solução plausível, mas se considerada no longo prazo, devido ao alto custo.
Como os cortes impactam a Rússia
Os gasodutos são parte de uma relação de mútua dependência. A Europa precisa da energia que a Rússia fornece, e a Rússia precisa da receita que recebe com essa venda. Como, então, a Rússia pode realizar esses cortes em meio às sanções ocidentais e à crise econômica em seu país?
Em termos históricos, a população russa está habituada a viver com guerras, conflitos, sanções e embargos, explica Rodrigues. Por essa razão, o embargo não é tão preocupante para Putin.
Além disso, a Rússia está vendendo seu excedente de petróleo para Índia e China.
A Índia aumentou exponencialmente suas importações de petróleo russo nos últimos meses: antes da invasão da Ucrânia, apenas 1% de suas explorações de petróleo eram destinadas ao país; em maio de 2022, esse valor subiu para 18%.
As importações chinesas de petróleo bruto da Rússia, por sua vez, subiram 55% em maio na comparação anual, atingindo nível recorde e tirando a Arábia Saudita da posição de principal fornecedor do país. Os dados são da Administração Geral de Alfândegas da China.
Gigantes chinesas ainda estão recebendo grandes descontos da Rússia, após a invasão afastar compradores dos EUA e Europa. Inclusive, a União Europeia anunciou que pretende bloquear até 90% da compra de petróleo russo até o final deste ano.
Portanto, para o especialista, a posição mais complicada é da Europa e especialmente da Alemanha, porque não existe nenhuma solução a curto prazo para o problema energético que enfrentam. “Por ora, esses países precisam ceder às vontades e decisões da Rússia”, ressalta.
Ainda sim, o professor Edmilson acredita que os russos estejam em uma situação crítica. “A máquina de guerra consome muito recurso”, diz. Para ele, a Rússia depende fortemente da alta nos preços do petróleo; caso essa caia, a compensação de receita some — obrigando o país a retomar exportações para a Europa.
Impactos e oportunidades para o Brasil
Apesar dos gasodutos serem algo regional, as consequências e movimentações que a crise energética gerou afetam os mercados e relações comerciais no Brasil.
A Europa tem importado quantidades massivas de gás natural e diesel de outros países, visando aquecer as casas e manter o setor industrial funcionando durante o inverno. Isso disparou o preço de ambos os produtos — prejudicando o consumidor aqui no Brasil.
Em relação ao gás, o Brasil importava o produto dos Estados Unidos, que direcionou suas exportações à Europa. Sobre o diesel, em alguns postos de gasolina, o preço do combustível chegou a ultrapassar o da gasolina.
Além disso, a Ásia, e especialmente a China, são os maiores parceiros comerciais de petróleo do Brasil. Como eles receberam a oportunidade de comprar essa commodity a um preço mais baixo da Rússia, há um desafio para o país de encontrar novos parceiros e mercados.
Apesar disso, nem tudo é negativo. Para ambos os especialistas, essa é uma janela de oportunidade única para o Brasil desenvolver a produção de gás natural, que hoje é reinjetado no solo por falta de infraestrutura e interesse do mercado doméstico.
Santos ressalta que não estamos vivenciando um mero pico de preços. Para ele, esses valores do gás ficarão altos por uma década ou mais. “Assim como o petróleo, o Brasil precisa encontrar uma vocação exportadora”, diz.
Independente dos desdobramentos, Pedro Rodrigues, do CBIE, acredita que a guerra é um marco no mundo da energia como o primeiro e segundo choque do petróleo. “Essa guerra entre Rússia e Ucrânia modificou para sempre a geopolítica energética mundial. O mundo nunca mais será o mesmo.”
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Rússia e Ucrânia fizeram parte da União Soviética durante o século 20. Em que ano ocorreu a divisão da URSS e a formação destas repúblicas?
O que são as regiões de Donetsk e Luhansk?
Quem é Volodymyr Zelensky?
O que significa a sigla Otan?
Assinale a alternativa que mostra corretamente três países que apoiam a Rússia na invasão à Ucrânia
Quais destes países já anunciaram sanções econômicas contra a Rússia?
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Qual foi o primeiro país a enviar ajuda para a Ucrânia após a invasão?
No dia 24 de fevereiro, a Rússia invadiu o local de uma tragédia ocorrida em 1986. Qual é esta região?
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*Sob supervisão de Ana Carolina Nunes e com informações de CNN Internacional e Reuters