Entenda a diferença entre Pnad, pesquisa do IBGE para medir desemprego, e Caged
O ministro da Economia Paulo Guedes criticou a metodologia do primeiro levantamento, feito pelo IBGE
O ministro da Economia Paulo Guedes criticou a metodologia usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na formulação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Segundo o líder da pasta, a metodologia envolvida está na “idade da pedra lascada”, dizendo que, no caso do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o processo é mais ágil e moderno.
No entanto, é importante ficar claro que os levantamentos são muito diferentes entre si. A pesquisa feita pelo IBGE é bem mais ampla e traz informações relacionadas ao emprego informal, o que o Caged não consegue alcançar, já que se refere somente aos registros de contratações com carteira assinada enviadas pelas empresas, como explica o diretor do CNN Brasil Business, Fernando Nakagawa.
O Caged traz registros de admissões e dispensas de empregados contratados no regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e é utilizado pelo Programa Seguro-Desemprego para análise de informações e pagamento de benefícios. O serviço é vinculado à Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.
Mais cedo nesta sexta-feira, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego no Brasil abandonou o recorde histórico da série iniciada em 2012, de 14,7%, registrado no trimestre encerrado em abril, atingindo 14,6% de março a maio. A população desocupada chegou a 14,8 milhões de pessoas e se manteve estável ante o trimestre terminado em fevereiro de 2021.
*Texto publicado por Ligia Tuon