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    Empresa de Bezos processa governo dos EUA por contrato entre Nasa e SpaceX

    Movimento aumenta a aposta em um impasse já tenso sobre o programa multibilionário de aterrissagem lunar; ordem de proteção se tornou pública nesta segunda (16)

    Foguete da Blue Origin
    Foguete da Blue Origin Foto: Blue Origin / Divulgação

    Jackie Wattles, do CNN Business

    Fundada pelo dono da Amazon, Jeff Bezos, a empresa espacial Blue Origin entrou com um processo federal na sexta-feira (13) para contestar um contrato firmado entre a sua rival Space X e a Nasa, no qual a agência espacial americana concede à empresa de Elon Musk exclusividade para pousar na lua. 

    O movimento aumenta a aposta em um impasse já tenso sobre o programa multibilionário de aterrissagem lunar. A ordem de proteção foi postada publicamente pela primeira vez na segunda-feira (16).

    Detalhes do processo não estão disponíveis publicamente porque os documentos estão selados, mas a Blue Origin afirma que é uma “tentativa de remediar as falhas no processo de aquisição encontradas no Sistema de Aterrissagem Humana da Nasa“, disse a empresa em um comunicado.

    Human Landing System, ou HLS, é o nome formal do programa que está no centro desta batalha legal e visa usar a contratação do setor privado para desenvolver, construir e testar o veículo que colocará os astronautas na Lua pela primeira vez tempo em meio século.

    Depois de inicialmente prometer oferecer vários contratos para estimular o desenvolvimento de pelo menos duas sondas lunares que poderiam competir entre si, a Nasa anunciou em abril que estava dando apenas um único prêmio para a SpaceX por US$ 2,9 bilhões, citando os custos como a principal razão para a decisão. O Congresso não concedeu à Nasa todo o dinheiro que havia solicitado para o programa HLS.

    Jeff Bezos fala sobre seu voo no New Shepard, da Blue Origin
    Jeff Bezos fala sobre seu voo no New Shepard, da Blue Origin, para o espaço, durante uma coletiva de imprensa em 20 de julho de 2021, no Texas
    Foto: Joe Raedle / Getty Images

    A Blue Origin já havia tentado lutar contra a decisão de contratação com o US Government Accountability Office, mas o GAO ficou do lado da Nasa e negou o pedido.

    “Acreditamos firmemente que as questões identificadas nesta aquisição e seus resultados devem ser resolvidos para restaurar a justiça, criar concorrência e garantir um retorno seguro à Lua pela América”, disse a Blue Origin em um comunicado.

    Um juiz atendeu ao pedido da Blue Origin para manter a reclamação do tribunal sob sigilo, que argumentou que tornar as informações públicas poderiam expor “informações privadas, segredos comerciais e informações financeiras confidenciais” e causar “graves danos competitivos”, de acordo com documentos judiciais arquivados no Tribunal de Reivindicações Federais dos EUA.

     

    A guerra entre a SpaceX e a Blue Origin — que são propriedade de dois dos homens mais ricos do mundo, Elon Musk e Jeff Bezos, respectivamente – também incluiu uma batalha de relações públicas. A Blue Origin chamou os planos da SpaceX de usar seu veículo Starship, um foguete experimental massivo sendo testado no sul do Texas, para o programa HLS de “imensamente complexo e de alto risco.”

    Enquanto isso, Musk, CEO da SpaceX, criticou as afirmações da Blue Origin no Twitter por semanas, dizendo que “se o lobby e os advogados pudessem colocá-lo em órbita, [o CEO da Blue Origin, Jeff] Bezos, estaria em Plutão [agora].”

    A Blue Origin apresentou uma oferta de US$ 5,9 bilhões e propôs trabalhar como “Seleção Nacional” ao lado de gigantes da indústria aeroespacial como Northrop Grumman e Lockheed Martin.

    (Texto traduzido. Clique aqui para ler o original)