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    Bolsa vai a 119 mil pontos e quase bate recorde; dólar sobe para R$ 5,238

    No curto-prazo, o diretor de investimentos da TAG avaliou que os ativos brasileiros serão ajudados pelo fluxo global para ativos cíclicos, como commodities

    Dólar sobe com redução da liquidez 
    Dólar sobe com redução da liquidez  Foto: Foto: Ricardo Moraes/Reuters

    Natália Flach, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Acompanhando um dia de otimismo nos mercados acionários globais, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou esta segunda-feira (28) em alta de 1,12%, a 119.123,70 pontos. Isso deixou a bolsa muito perto de bater novamente o seu recorde histórico, de 119.537, registrado em 23 de janeiro. 

    O dólar à vista, que contou com a ajuda de uma nova intervenção do Banco Central, amenizou a alta e encerrou o dia com avanço de 1,12%, cotado a R$ 5,238 na venda.

    Por volta das 14h, a moeda chegou a subir 2% e ir a R$ 5,31. Logo depois, o BC anunciou que ofertaria dólares no mercado à vista, em operação que, no fim, representou injeção de US$ 530 milhões no mercado. Foi o primeiro leilão do tipo desde 30 de outubro.

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    Os movimentos acontecem após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar um novo pacote de estímulos trilionários nos Estados Unidos, o que fez bolsas de todo o mundo subir e marcar recordes.

    A injeção de US$ 2,3 trilhões vai restaurar o auxílio-desemprego a milhões de norte-americanos e evitar a paralisação do governo federal.

    Na visão do estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, o pacote deve ajudar a economia dos EUA a atravessar um período mais turbulento até que a vacinação atinja uma escala maior e permitir uma recuperação mais estrutural do país.

    Ele também destacou em comentários a clientes que o processo de vacinação vem ganhando escala ao redor do mundo e trazendo expectativas de uma normalização econômica e social ainda no primeiro semestre de 2021.

    Ainda no radar, o Reino Unido publicou no sábado o texto do acordo comercial com a União Europeia para sair de um dos maiores blocos comerciais do mundo.

    No curto-prazo, o diretor de investimentos da TAG avaliou que os ativos brasileiros serão ajudados pelo fluxo global para ativos cíclicos, que se beneficiam da recuperação mundial, como as commodities.

    “Contudo, sem um processo de vacinação em massa, corremos o risco de ‘ficarmos para trás’ no processo de recuperação e pagarmos um preço elevado em momentos de menor liquidez global.”

    Entre os destaques de alta na bolsa de valores, estão os papéis da resseguradora IRB (IRBR3), que subiram 12%, após dados mostrarem prejuízo de R$ 23,8 milhões em outubro, mas lucro líquido de R$ 110,3 milhões se excluídos efeitos não recorrentes. A companhia também adiou o pagamento de juros sobre capital próprio previsto para a terça-feira.

    Bolsas globais batem recordes

    Também embalados pela aprovação do mega-pacote de estímulos norte-americano, todos os principais índices acionários dos Estados Unidos subiram e renovaram seus recordes históricos neste pregão. 

    O Dow Jones subiu 0,68%, para 30.403,97 pontos. O S&P 500 ganhou 0,87%, para 3.735,36 pontos. O Nasdaq Composite teve alta de 0,74%, para 12.899,42 pontos.

    As ações europeias registraram seu fechamento mais forte em dez meses nesta segunda-feira, com os papéis alemães atingindo uma máxima recorde. O acordo comercial pós-Brexit e um programa de vacinação também impulsionaram o ânimo.

    O início de um programa europeu de vacinação, no domingo, alimentou esperanças de um segundo semestre livre de pandemia em 2021 e de uma forte recuperação econômica.

    O Reino Unido e a União Europeia assinaram um acordo comercial pós-Brexit na quinta-feira, mantendo várias disposições comerciais para ambos os lados e limitando a escala de problemas resultantes da separação.

    O índice acionário europeu subiu 0,7%, enquanto as ações alemãs terminaram com valorização de 1,5%.

    O otimismo com o pacote de ajuda nos EUA também fez com que os mercados acionários da Ásia registrassem ganhos. Na China, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 0,02%, em 3.397,29 pontos. A Bolsa de Shenzhen, de menor abrangência, recuou 0,05%, a 2.378,54 pontos.

    Os mercados chineses têm mostrado impulso modesto nos últimos dias. Nesta segunda, ações ligadas ao consumo e a alimentos e bebidas estiveram entre as maiores altas, mas papéis dos setores financeiro e de telecomunicações recuaram.

    Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,74%, 26.854,03 pontos, terminando na máxima do dia. Na contramão da maioria das praças da Ásia, a bolsa de Hong Kong fechou em queda de 0,27%.

    O índice Hang Seng foi pressionado pela queda de 7,98% do Alibaba, após a China lançar na semana passada uma investigação antitruste contra a empresa.

    Papéis ligados à tecnologia na China em geral seguiram pressionados em Hong Kong, com Xiaomi em queda de 4% e AAC Technologies, de 3%.

    (Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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