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    Discurso do Bolsonaro na ONU: veja o que o presidente falou sobre a economia

    As reformas da Previdência, Administrativa e Tributárias também foram destaque na fala de Bolsonaro

    O mercado acompanhou com “bastante cautela” o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (22). A avaliação é do diretor do CNN Brasil Business, Fernando Nakagawa.

    Diante do discurso, o dólar subiu um pouco e bolsa caiu um pouco. Entre os detaques, além de Bolsonaro afirmar que o auxílio emergencial equivale a US$ 1 mil, ele ressaltou que a injeção de dinheiro público, via auxílio emergencial, ajudou a conter os impactos negativos da pandemia na economia brasileira.

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    Mas, afinal, quais foram os principais tópicos econômicos citados por Bolsonaro ao longo do discurso? Confira, a seguir o que o presidente falou sobre a economia brasileira na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas:

    Reformas

    Além do auxílio emergencial, as reformas da Previdência, Administrativa e Tributária também foram destaques na fala de Bolsonaro. 

    Apresentada em julho para o Congresso, a reforma tributária prevê a criação da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), unificando em um único tributo sobre bens e serviços o PIS e Cofins, que serão extintos. A alíquota geral do novo imposto seria de 12%.

    Já a reforma administrativa foi entregue ao Congresso no início de setembro. O texto prevê mudanças nas regras para funcionários da administração pública, incluindo a demissão de servidor por desempenho insuficiente. 

    A expectativa, porém, é de que o governo tenha que esperar para avançar com os temas no Congresso, já que uma das principais preocupações do momento é o que será feito com o auxílio emergencial após 2021. 

    Desemprego

    No discurso, Bolsonaro afirmou que desde o começo da pandemia o Brasil tinha dois problemas para resolver. “O vírus e o desemprego, e que ambos deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade”, lembrou o presidente.

    “Por decisão judicial, todas as medidas de isolamento e restrições de liberdade foram delegadas a cada um dos 27 governadores das unidades da Federação”, destacou Bolsonaro.

    De acordo com o último dado divulgado pelo IBGE, o número de pessoas desempregadas no Brasil cresceu 20,9% entre maio e julho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Nesse período, o número de desempregados passou de 10.129 milhões de pessoas para 12.253 milhões — cerca de 2,1 milhões a mais.

    Setor do agronegócio

    Outro ponto de destaque do discurso de Bolsonaro em termos econômicos foi o agronegócio. Para o presidente, apesar da crise mundial, a produção rural no país não parou.

    “O homem do campo trabalhou como nunca, produziu, como sempre, alimentos para mais de 1 bilhão de pessoas”, disse. “O Brasil contribuiu para que o mundo continuasse alimentado. Nossos caminhoneiros, marítimos, portuários e aeroviários mantiveram ativo todo o fluxo logístico para distribuição interna e exportação.”

    Marcos regulatórios

    Além das reformas, Bolsonaro também citou os novos marcos regulatórios em seu discurso. Estão em pauta, recentemente, setores como o saneamento e o gás natural.

    O novo marco do saneamento exige que estados e municípios realizem licitações para a contratação do serviço, permitindo a entrada da iniciativa privada. Ele foi aprovado com vetos por Bolsonaro.

    Na época, segundo o relator do projeto, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), o trecho vetado por Bolsonaro foi um pedido dos estados, que querem manter os atuais contratos para valorizar as empresas estatais, que valeriam mais em uma futura privatização.

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