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    Devem acontecer novos reajustes nos combustíveis, avalia economista

    À CNN Rádio, Mauro Rochlin disse que os reajustes podem afetar a inflação e a taxa de juros

    Esse é o segundo boletim de monitoramento do diesel publicado pelo IBP
    Esse é o segundo boletim de monitoramento do diesel publicado pelo IBP Foto: Sol de Zuasnabar Brebbia / Getty Images

    Amanda Garcia, da CNN Brasil

     

    O oitavo reajuste no preço da gasolina, de 6%, e do diesel, de 3,7%, — que passou a valer nesta terça-feira (6) — não deve ser o último, de acordo com o economista e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Mauro Rochlin.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele avalia que o aumento era “inevitável” e que não deve parar por aí: “Este reajuste não recompõe preços em paridade com os internacionais, certamente terá que haver um novo aumento.”

    A situação, para Rochlin, tem uma tendência de piora — com impactos que poderão ser sentidos na inflação. Ele explica que o patamar hoje é de 8% no acumulado de 12 meses.

    A previsão, então, é que o patamar se mantenha ou até aumente até setembro. “Aí se imagina que a inflação se recue e feche o ano entre 6% e 6,5%.”

    No entanto, o economista destaca que os aumentos do combustível não estão incorporados a essa previsão: “O patamar dos preços se encontra 20% acima daquele de antes da pandemia, a gente pode ter surpresas desagradáveis com a inflação e consequentemente reflexos sobre taxas de juros.”

    Rochlin não vê muita solução a não ser o consumidor incorporar o reajuste. “Se fala em se fazer um planejamento para espaçar melhor os aumentos, mas, se o preço de petróleo continuar numa escalada de alta, não vejo como acontecer. E escalonar o aumento não significa cancelá-lo, não livraria o consumidor de um custo maior no bolso.”