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    CSN não tem plano B para exportar após interdição de porto; Vale não foi afetada

    Siderúrgica espera reverter a interdição de parte do porto de Itaguaí (RJ)

    Foto: Reuters/Wolfgang Rattay

    Fernando Nakagawada CNN

     

    A CSN, Companhia Siderúrgica Nacional, espera reverter a interdição de parte do porto de Itaguaí (RJ) e, por isso, não adotou plano emergencial para a continuidade das exportações pelo terminal que fica na região Metropolitana do Rio de Janeiro. O porto é usado principalmente para a exportação de minério de ferro, e a interdição pode prejudicar o embarque da commodity. 

    Itaguaí é o terceiro mais movimentado do Brasil. Dados da Agência Nacional do Transporte Aquaviário (Antaq) mostram que o porto cresceu rapidamente nos últimos anos e terminou 2020 atrás apenas de Santos (SP) e Paranaguá (PR). No ano passado, foram movimentadas 45,7 milhões de toneladas pelo complexo fluminense. Desse volume, 39,5 milhões de toneladas foram de minérios para exportação. 

    Mais cedo, a Prefeitura de Itaguaí interditou duas instalações desse porto por supostas “irregularidades ambientais”. Também aplicou multas de R$ 4 milhões à CSN e R$ 1,4 milhão ao terminal Sepetiba-Tecon por irregularidades observadas em vistoria realizada março.

    Procurada, a CSN informou que vai adotar “todas as providências legais para assegurar a continuidade” e, por enquanto, não adotou medida emergencial para continuidade do escoamento das exportações de minério. 

    Em nota, a companhia diz que “possui todas as licenças ambientais no porto de Itaguaí, o que atesta que sua atuação é completamente baseada no que a legislação determina”. “Não houve qualquer vazamento ou derrame de minério no mar. Não compete a uma prefeitura municipal interditar um porto com alfandegamento federal, devidamente licenciado pelo órgão ambiental estadual”, cita a nota. 

    Outra empresa que usa o complexo portuário é a Vale. Procurada, a mineradora informou que “a interdição não inclui o terminal da Vale, que segue operando normalmente”.

    A Companhia Docas do Rio de Janeiro também se pronunciou sobre a ação municipal e, em nota, lembrou que os três arrendamentos em Itaguaí têm licença ambiental vigente e destacou que licenciamento desse tipo de empreendimento no Rio de Janeiro é de competência do órgão estadual Instituto Estadual do Ambiente (Inea). “Desta forma, a Lei municipal utilizada para realizar a operação não se sobrepõe”.