Credit Suisse diz que ações brasileiras estão baratas e eleva recomendação
Banco afirma reconhecer que se trata de recomendação controversa, mas argumentam que o mercado está claramente barato
A equipe de estratégia global do Credit Suisse elevou a recomendação das ações brasileiras para um ‘pequeno’ overweight, de underweight dentro do universo de mercados emergentes sob sua cobertura, conforme relatório enviado a clientes nesta quinta-feira.
Eles afirmam reconhecer que se trata de recomendação controversa, mas argumentam que o mercado está claramente barato se considerados múltiplos de preço sobre lucro em relação aos mercados globais excluindo commodities.
Também elencam fatores como uma moeda atipicamente barata, posição fiscal melhor do que o esperado e forte participação de commodities na pauta exportadora; e citam estar “um pouco” mais otimistas em relação às políticas do país, apesar do crescente quadro de conflito institucional envolvendo o governo do presidente Jair Bolsonaro, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.
“Houve críticas generalizadas ao tratamento feito pelo presidente (Jair) Bolsonaro do surto de Covid-19, bem como as demissões dos ministros da Justiça e da Saúde. No entanto, o que importa para nós é que o ministro da Economia, (Paulo) Guedes continua em seu posto.”
Também afirmam acreditar que as medidas fiscais do Brasil para combater o novo coronavírus estão entre as respostas políticas mais generosas vistas entre os mercados emergentes do ponto de vista econômico.
“Claramente, o tratamento ao vírus tem sido altamente controverso…mas, do ponto de vista econômico, uma retomada parece interessante”, afirma a equipe liderada por Andrew Garthwaite.
A lista de ações que os analistas do Credit Suisse afirmam gostar traz Bradesco, Banco do Brasil, BB Seguridade, Santander Brasil, Itaúsa, JBS, Telefônica Brasil, TIM e Engie Brasil.
(Por Paula Arend Laier)