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    ‘Consumidor deve negociar reajuste com o plano de saúde’, diz diretora do Idec

    Planos podem ficar até 50% mais caros, de acordo com levantamento do Idec

    Produzido por Juliana Alves, da CNN, em São Paulo*

    Em setembro de 2020, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável por regular o setor de saúde privada no Brasil, suspendeu a cobrança do reajuste anual dos planos de saúde. Este ano, porém, as seguradoras estão cobrando a fatura pendente. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), os planos podem ficar até 50% mais caros.

    Em entrevista à CNN, a diretora-executiva do Idec, Teresa Liporace, diz que os consumidores devem tentar negociar os reajustes com as operadoras de saúde. A especialista ainda orienta que os clientes confiram se os boletos estão chegando de forma correta. 

    “Uma outra alternativa é buscar fazer a portabilidade para uma outra operadora que possa oferecer melhores condições. E o Idec está orientando os consumidores que queiram fazer a portabilidade com orientações no nosso site.”

    A diretora do Idec também afirmou que a ANS “não está cumprindo o seu papel”. “Porque, em um ano [como] 2020, por conta da pandemia nós registramos a menor taxa de sinistralidade em uma década. Ou seja, os consumidores usaram em menor nível possível em 10 anos os seus planos de saúde.”

    Principal problema em 2020

    Outro levantamento do Idec mapeou os principais problemas dos clientes de planos de saúde em 2020. Das 518 pessoas consultadas, 78% tiveram algum tipo de transtorno com suas seguradoras. Em sua grande maioria (56%), o principal embate foi relacionado ao reajuste de preços elevado.

    Questões relacionadas aos serviços também motivaram reclamações, como a demora na marcação de consultas, piora na rede credenciada, ausência de profissional especializado e negativa de atendimento. 

    “Como o ano foi financeiramente muito bom para as operadoras de planos de saúde e muito ruim para os consumidores, as empresas deveriam se mostrar mais abertas à negociação e a ANS deveria promover medidas de proteção bem mais efetivas do que só prorrogar o reajuste para 2021”, disse a coordenadora do programa de Saúde do Idec, Ana Carolina Navarrete.

    (*Com informações de Wesley Santana, colaborador do CNN Brasil Business)

     

     

     

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