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    Confira 5 carros nacionais que pararam no tempo e ficaram para trás

    Com características peculiares, o mercado brasileiro nunca foi muito de seguir as tendências automotivas globais

    Thiago Moreno, colaboração para o CNN Brasil Business

     

    O mercado brasileiro é um dos mais desafiadores para as montadoras. Entre os motivos, estão o etanol misturado à gasolina, as ruas esburacadas, os custosos processos de homologação até a instabilidade em termos de vendas.

    Talvez seja por isso que o nosso mercado nunca foi muito de seguir tendências globais, mantendo-se sempre relativamente atrasado em relação ao restante do mundo. Alguns modelos estão realmente fazendo hora extra por aqui. Separamos cinco desses casos.

    5 carros que estão atrasados em relação ao resto do mundo: 

    Volkswagen Fox

     

    Pode não parecer, mas o Volkswagen Fox 0km que você encontra hoje na concessionária ainda roda sobre a mesma plataforma de seu lançamento, em 2003. O modelo nasceu de um projeto tocado pela divisão brasileira da marca, mas ganhou status internacional após começar a ser exportado para a Europa.

    No Velho Continente, o nosso Fox foi o substituto do Lupo, subcompacto de sucesso por lá, mas que já estava envelhecido. Apesar de ser motivo de orgulho para nós, os europeus não gostaram do acabamento do carro, e ele deixou de ser vendido em 2011.

    E aí vem uma das idiossincrasias do mercado brasileiro: enquanto o Fox foi substituído pelo Volkswagen up! na Europa, por aqui o sucessor chegou, mas já foi descontinuado. Por sua vez, o veterano ainda é vendido nas lojas.

    Fiat Doblò

     

    Lançada em 2001, a Fiat Doblò é uma das poucas opções de carros de 7 lugares que não são SUVs. Apesar de seus preços hoje já ultrapassarem bem a barreira dos R$ 100`mil, mescla bom espaço interno e confiabilidade mecânica.

    Mas suas mudanças ficaram apenas por conta do visual e da motorização ao longo das décadas. Talvez seja este o motivo de o veículo ainda estar em sua primeira geração até hoje.

    Enquanto isso, na Europa, a Fiat já está em uma segunda geração desde 2010, tendo passado por uma repaginada em 2015. Assim, entrega não só um visual mais atual, como também motores mais eficientes e mais equipamentos de segurança.

    Honda Civic

     

    Por falar em ficar para trás, a Honda já apresentou a 11ª geração do Civic na Europa e nos EUA. Por aqui, a décima geração do sedã pode até não estar tão defasada, mas o problema é outro.

    A Honda planeja reformular sua linha de produtos e, com ela, o Civic pode simplesmente deixar de ser ofertado.

    A questão é que a Honda prepara o lançamento do novo City, sedã de menor porte. Junto a ele deve chegar um inédito hatch mais acessível.

    Além de precisar do espaço nas linhas de montagem, o segmento dos sedãs médios está minguando com a ascensão dos SUVs. Assim, se o novo Civic chegar ao Brasil, virá em menor quantidade.

    Honda Fit

     

    O Honda Fit é oferecido em sua terceira geração desde 2013. Com tanto tempo de mercado, já era esperada uma renovação. Ela foi apresentada no final de 2019 e já está à venda na Europa e na Ásia, onde pode contar até com motorização híbrida. Porém, ficou mais sofisticado e caro para o Brasil.

    Como foi dito no caso do Civic, a Honda deve adotar um caminho diferente, o mesmo já trilhado em mercados menos desenvolvidos da Ásia.

    No lugar do Fit, a marca trará um City hatch. Ele será mais simples, porém perderá a grande modularidade do espaço interno, característica muito apreciada pelos donos de Fit atualmente. Ainda não se sabe se o carro simplesmente deixará de ser oferecido ou se será vendido na versão importada — e mais caras.

    Nissan Frontier

    As picapes normalmente demoram mais para mudar. A atual geração da Nissan Frontier é fabricada internacionalmente desde 2014, fruto de uma parceria da Aliança Renault Nissan e da Mercedes-Benz, tendo dado origem ainda à Renault Alaskan e à finada Mercedes-Benz Classe X. 

    A questão é que, nos EUA, a Nissan optou por dar autonomia à picape de lá, ganhando um visual e soluções exclusivas em relação ao restante do mundo. Assim, a opção norte-americana bebeu diretamente da fonte das grandes caminhonetes.

    Por aqui, a Nissan diz estar satisfeita com o desempenho do modelo atual, fabricado na Argentina, sem previsão de mudanças.