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    Companhias abertas não aumentaram o endividamento durante a pandemia

    É o que mostra um estudo da evolução do valor de mercado e do enterprise value de 243 empresas não-financeiras feito pela Economatica

    Fachada da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro: estatal tem o maior enterprise value do Brasil
    Fachada da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro: estatal tem o maior enterprise value do Brasil Foto: Sergio Moraes/ Reuters

    Leonardo Guimarães, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Em tempos de crise, é comum que as empresas emitam dívidas para conseguir fechar as contas. Mas não foi o que aconteceu com as companhias que têm ações negociadas na bolsa. Ao menos, quando analisadas em conjunto.

    Isso fica claro ao comparar o valor de mercado delas (número obtido ao multiplicar a quantidade de papéis pelo preço na B3) e o valor da empresa – ou enterprise value -, que é calculado a partir da soma do valor de mercado com a dívida líquida e a participação dos minoritários.

    De acordo com estudo da Economativa, o valor de mercado de 243 companhias não-financeiras listadas na bolsa em dezembro de 2019 era de R$ 3,32 trilhões. Agora, está em R$ 3,19 trilhões. 

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    Por sua vez, o enterprise value está na casa dos R$ 4,4 trilhões ante os R$ 4,31 trilhões registrados em dezembro do ano passado. 

    “No período da pandemia os preço das ações caíram, mas a dívida das empresas não mudou tanto porque ninguém contraiu mais dívida para fazer mais investimentos”, explica Michael Viriato, pesquisador do Insper.

    A conclusão é que, se as empresas tivessem aumentado substancialmente o endividamento, seu enterprise value seria muito maior, já que as ações estão retomando os preços pré-pandemia.

    O estudo mostra que, no pior momento da pandemia, o valor de mercado das empresas brasileiras foi menos representativo para o cálculo total do valor de firma.

    Hoje, o valor de mercado representa 72,6% do enterprise value das empresas listadas. 

    Empresas mais valiosas

    A Petrobras (PETR3 e PETR4) é a empresa brasileira com maior valor de firma. A empresa apresentou enterprise value de R$ 653,7 bilhões no dia 14 de outubro, dos quais R$ 260,79 bilhões são valor de mercado. Ou seja, as ações representam apenas 39,89% do valor de firma.

    Por outro lado, algumas empresas têm valor de mercado superior ao enterprise value. É o caso da Ambev (ABEV3), da WEG (WEGE3), do Magazine Luiza (MGLU3) e da B3 (B3SA3). 

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