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    Com avanço de 3,27%, Dívida Pública totaliza R$ 4,3 tri em junho

    Resultado foi puxado por um aumento na emissão de títulos públicos pelo Tesouro, que só foi possível por um ambiente mais favorável no mercado financeiro

    Fachada do Ministério da Economia
    Fachada do Ministério da Economia Foto: Hoana Gonçalves/Ministério da Economia

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

    A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil subiu 3,27% em junho, ante  mês anterior, alcançando os R$ 4,390 trilhões. O resultado foi puxado por um aumento na emissão de títulos públicos pelo Tesouro, que só foi possível por um ambiente mais favorável no mercado financeiro.  

    Os números foram divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), nesta quarta-feira (29). A DPF, que inclui o endividamento interno e externo do governo federal, é a emissão de títulos públicos pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, que arrecada menos do que gasta. 

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    Em comunicado, a STN informou que um cenário externo mais favorável permitiu maior emissão de papéis no mercado doméstico. Resultado de R$ 118,728 bilhões em emissões e R$ 4,026 bilhões em resgates, a emissão líquida de junho somou R$ 114,756 bilhões. 

    “O mês de junho foi marcado pela reabertura gradual de diversas economias, com o cenário externo mais favorável diante das expectativas com o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19 e com novos estímulos econômicos. Tal conjuntura permitiu ao Tesouro realizar sua primeira operação no mercado externo em 2020 e emitir, no mercado doméstico, volumes mais elevados do que em meses anteriores”, explica a STN.

    Os gastos com juros ficaram em R$ 24,256 bilhões em junho. No primeiro semestre, as despesas com juros já superam os R$ 195,871 bilhões. 

    A dívida externa, que é a emissão de títulos no mercado internacional, apresentou variação positiva de 9,65% em junho, com um montante de R$ 239,03 bilhões. O estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi), que é quando as operações de compra e venda de papéis são realizadas em real, avançou 2,93% no mês passado, totalizando R$ 4,150 trilhões.

    A expectativa da pasta é de que o mês de julho continue sinalizando um ambiente positivo para recuperação econômica, apesar da cautela diante da pandemia do Covid-19. “Internamente, a ênfase dada pelo governo à retomada da agenda de reformas e a diminuição da volatilidade cambial ajudaram a melhorar o ambiente de negócios”, completa o documento.

    Oficialmente a equipe econômica já admite forte crescimento do endividamento público neste ano. Segundo programação do Tesouro Nacional, publicada no início do ano, a projeção é de que a dívida chegue a R$ 4,75 trilhões em 2020.

    Em atualização

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