Cientista turco entra em ranking de mais ricos do mundo com vacina para Covid-19
A vacina Pfizer/BioNTech colocou o cientista turco naturalizado alemão Ugur Sahin entre os 500 mais ricos do mundo. Mesmo antes de a vacina estar pronta, o cientista já havia entrado para o ranking de bilionários no meio do ano, quando a empresa que fundou com a médica Özlem Türeci, sua mulher, fechou parceria com a Pfizer para distribuição da vacina.
Os bilhões de Sahin se multiplicaram logo após o dia 2 de dezembro, quando a vacina foi atestada como 90% eficaz. A fortuna do cientista bateu US$ 5,2 bilhões e o colocou no Índice de Bilionários da Bloomberg, que ranqueia as 500 pessoas mais ricas do mundo.
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A fortuna do CEO da BioNTech, que tem 18% da companhia, ultrapassou, inclusive, o valor total que o laboratório tinha há um ano, quando valia US$ 3,4 bilhões. Depois do anúncio da eficácia da vacina, as ações da empresa bateram US$ 25 bilhões.
Outros beneficiados
Mas não foram só Sahin e Türeci que se beneficiaram dos retornos financeiros da vacina. Os já bilionários gêmeos alemães Andreas e Thomas Strüngmann, que fundaram a Hexal AG e são donos de metade da BioNTech, já haviam aumentado suas fortunas em US$ 8 bilhões em novembro por causa da valorização das ações do laboratório, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.
Com essa valorização, alcançaram US$ 22 bilhões e estão entre as maiores fortunas do setor de saúde no mundo. A BioNTech abriu capital em Nova York no ano passado, antes da pandemia, e recebeu a quantia de US$ 150 milhões.
O CEO da Pfizer, Albert Bourla, amigo de Sahin e sócio na empreitada da vacina do coronavírus, também incrementou sua fortuna. Em novembro, o executivo vendeu parte de suas ações da Pfizer depois de uma alta de 15% e recebeu US$ 5,6 milhões por isso. Ele ainda possui 81 mil ações da Pfizer.
Concorrentes também levam
O sucesso da vacina Pfizer/BioNTech também tem rendido retornos interessantes para quem está perdendo a corrida. As ações da Moderna valorizaram mais de 650% neste ano, beneficiando principalmente seu diretor executivo, Stéphane Bancel, que tem 9% das ações da empresa e agora acumula uma fortuna de US$ 4,7 bilhões.
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