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    China não tem motivo para suspender importações de frigoríficos, diz governo

    As suspensões por medo da Covid-19, que começaram há uma semana, já atingem seis frigoríficos

    Lourival Sant'Annada CNN

    O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirmou nesta segunda-feira que não há motivos para a suspensão da licença de exportação de carne suína para a China por dois frigoríficos brasileiros. “Essas plantas cumprem todos os requisitos sanitários acordados entre o Brasil e a China para exportação de carne suína”, afirma o Mapa.

    As suspensões, que começaram há uma semana, já atingem seis frigoríficos. Outros quatro foram impedidos de exportar para a China carnes bovina e de frango. A Administração Geral da Alfândega da China (GACC) não informou os motivos da decisão.

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    A China está adotando essas medidas preventivamente sempre que fica sabendo de informações de contaminação por Covid-19 de funcionários dos matadouros e frigoríficos. Os diplomatas chineses ficam atentos ao que sai na imprensa sobre esses casos aqui no Brasil, e em outros países também. 

    Não há evidências de que a carne possa transmitir o vírus. Mas no segundo surto de Pequim, há três semanas, espalhou-se a notícia de que o vírus teria sido encontrado em tábuas de cortar salmão importado no mercado Xinfadi, espécie de Ceasa, que distribui carnes e vegetais por atacado e varejo para a capital chinesa.

    O Ministério da Agricultura disse à CNN que já enviou todas as informações solicitadas pelas autoridades chinesas. Nesta semana, o ministério vai solicitar à GACC a retirada da suspensão. O mesmo pedido já foi feito pelo ministério em relação aos outros quatro frigoríficos para que as suspensões sejam levantadas, “visando à retomada por parte dessas empresas das exportações para a China”, informou o ministério. “O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa tem prestado todas as informações solicitadas pela GACC.”

    A China é o maior importador de carne e de soja e o maior parceiro comercial do Brasil. Mas, como outros países que fizeram muito sacrifício para conter a pandemia, está tomando todos os cuidados para que ela não volte a seu território.

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