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    CEO de Goya nomeia Alexandria Ocasio-Cortez como a ‘funcionária do mês’

    Ele disse que tuíte de congressista que criticava a empresa acabou impulsionando suas vendas

    Alexis Benveniste, do CNN Business, em Nova York

    O CEO da empresa de alimentos Goya, Robert Unanue, referiu-se à deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez como a “funcionária do mês” da empresa, alegando que um tuíte da congressista que criticava a Goya acabou impulsionando suas vendas. O tuíte fazia referência ao adobo, um tipo de tempero conhecido nas comunidades latinas dos EUA, e a um possível boicote à empresa.

    “Quando ela nos boicotou, nossas vendas aumentaram 1.000%”, disse Unanue durante uma entrevista de rádio na segunda-feira (7). “Ela ganhou o título de ‘funcionária do mês’ por chamar a atenção para a Goya e nosso adobo”, acrescentou, referindo-se ao popular mix de temperos da empresa. Os números das vendas de Goya não são públicos.

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    Na terça-feira (8), Ocasio-Cortez tuitou que não pediu um boicote aos produtos da empresa naquela época. Seu tuíte original fazia parte de uma forte reação que a Goya enfrentou em julho depois que o CEO Unanue falou na Casa Branca, elogiando o presidente Donald Trump. O executivo havia sido convidado para a Casa Branca como parte da Iniciativa de Prosperidade Hispânica do governo.

    Em resposta, Ocasio-Cortez compartilhou um vídeo de comentários de Unanue em um tuíte, dizendo: “Oh, escutem, esse é o meu som pesquisando ‘como fazer seu próprio adobo’ no Google”. Minutos depois, ela compartilhou uma captura de tela de um texto que incluía uma receita caseira de adobo.

    Agora, nesta semana, Ocasio-Cortez respondeu a um tuíte perguntando se, em julho, ela realmente havia pedido um boicote a Goya. Ela respondeu: “Não, eu apenas pesquisei como fazer meu próprio adobo”. A deputada de Nova York passou a criticar a cobertura da mídia sobre seus comentários, especificamente a Fox News, chamando o comentário dela de boicote.

    Unanue disse durante a entrevista de rádio na terça-feira que “nossas vendas do produto foram muito bem depois que ela disse ‘faça seu próprio adobo’”. A Goya não respondeu ao pedido da CNN para comentar os números das vendas.

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    O ex-secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano Julián Castro apoiou o sentimento de Ocasio-Cortez após os comentários de Unanue na Casa Branca, reconhecendo o status da Goya de fornecedora de  “alimentos básicos” nas famílias latinas e encorajando os consumidores a reconsiderar a compra dos produtos da empresa.

    Dias depois do discurso, Unanue falou com a Fox News e disse que “não estava se desculpando”. Ele chamou o movimento de boicote que se seguiu de “supressão da fala”.

    “É interessante que a [deputada] AOC foi uma das primeiras pessoas a entrar na fila para boicotar Goya, indo contra seu próprio povo”, afirmou Unanue na entrevista de rádio na segunda-feira. “Para ir contra as pessoas de sua própria cultura latina mostra que ela é ingênua”.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).

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