Câmara dos EUA deve aprovar última versão do pacote fiscal entre 3ª e 4ª feira
O projeto de US$ 1,9 trilhão deve ser enviado à Casa Branca para a sanção do presidente Joe Biden ainda nesta semana
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deve aprovar a última versão do pacote de alívio fiscal de US$ 1,9 trilhão entre terça e quarta-feira, enviando-o à Casa Branca para a sanção do presidente Joe Biden ainda nesta semana. Em pleito que promete ser apertado, já que os democratas da Casa não podem perder mais que quatro votos à oposição republicana para aprovar o projeto, congressistas da ala mais progressista do partido reforçam seu apoio à pauta, apesar das discordâncias com as alterações feitas pelo Senado.
Líder da maioria na Câmara, o deputado democrata Steny Hoyer disse inicialmente que a Casa faria a primeira votação já nesta segunda, mas, segundo assessores do partido, o processamento da papelada do Senado empurrou a votação para um dia mais tarde.
“As concessões feitas no Senado foram menores em relação à visão ampla do Plano de Resgate Americano, que é transformador para os padrões históricos”, disse o deputado Ritchie Torres nesta segunda-feira. As mudanças feitas pelos senadores no pacote incluem a retirada do aumento do salário mínimo, de US$ 7,50 para US$ 15 a hora, a redução de US$ 400 para US$ 300 do acréscimo no auxílio-desemprego e um limite de renda mais restrito para os repasses dos cheques individuais de US$ 1,4 mil.
“A maior fonte de decepção e frustração é a falta do aumento do salário mínimo, mas não vamos votar contra o projeto porque algo bom não está mais nele”, avaliou o deputado democrata Ro Khanna.
Republicanos acusam o pacote de ser desnecessariamente caro diante da recuperação econômica nos EUA, e também criticam o fato dos gastos não serem exclusivamente direcionados à pandemia de covid-19. “Este projeto não visa responder à pandemia. Trata-se de explorar a reta final de uma crise de saúde pública a fim de promulgar no futuro uma lista de desejos liberais de longa data”, disse o senador da oposição Pat Toomey, depois que o projeto foi aprovado na Casa.