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    Cade aprova acordo entre Delta e Latam para compartilhamento de voos

    O negócio entre a Delta e a Latam foi anunciado em maio do ano passado, diante de dificuldades enfrentadas pelas empresas por causa da pandemia da Covid-19

    Avião da Latam se aproxima para pouso
    Avião da Latam se aproxima para pouso Foto: Tania Rego/Agência Brasil

    Lorenna Rodrigues, da Agência Estado

    O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (24), joint venture entre a Delta Air Lines e a Latam para compartilhamento de voos entre as companhias.

    Com o negócio, as empresas formarão uma aliança estratégica de seus serviços de transporte aéreo envolvendo Estados Unidos, Canadá, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai.

    Na mesma sessão, o tribunal decidiu reabrir um outro processo, que analisou acordo entre a Delta e a Aeroméxico, para apurar se foram prestadas ao conselho informações “falsas ou enganosas”.

    A suspeita é que a Delta tenha mais influência na administração da Aeroméxico do que o anteriormente informado ao Cade. Isso foi levado em consideração no caso da joint venture com a Latam porque as três empresas juntas representam grande parte da oferta de voos entre São Paulo e a Cidade do México.

    No julgamento, a advogada da Delta, Paola Pugliesi, negou que tenha havido qualquer tipo de desinformação no processo anterior.

    “Não procede a afirmação de que as partes ofereceram informações enganosas ou falsas em relação à interferência da Delta na Aeroméxico.As informações são rigorosamente as mesmas. Solicitamos que o processo não seja reaberto em respeito à coisa julgada e à segurança jurídica”, disse, sem ter a solicitação atendida.

    O negócio entre a Delta e a Latam foi anunciado em maio do ano passado, diante de dificuldades enfrentadas pelas empresas aéreas por causa da pandemia do coronavírus.

    Em setembro, a Superintendência-Geral do Cade – instância responsável pela primeira análise e que pode dar aval a casos em que considera que não há riscos à concorrência – já havia aprovado o negocio entre a Latam e a Delta.

    O tribunal do Cade, no entanto, decidiu aprofundar a análise e levou o caso ao julgamento do conselho. Na sessão desta quarta, o conselheiro relator, Luis Braido, disse que o acordo gera sobreposição em rotas como São Paulo-Nova York, São Paulo-Miami e São Paulo- Orlando, além da rota ligando a capital paulista à Cidade do México.

    “Apesar das elevadas concentrações, a superintendência não identificou preocupações concorrências por não existência de barreiras significativas de entradas de competidores em relação à infraestrutura aeroportuária, e elevada rivalidade entre outras empresas do mercado, como a American Airlines”, ponderou.