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    Bosch e Basf recebem autorização para criar joint venture de soluções agrícolas

    A operação, que prevê participações iguais das empresas e controle conjunto, foi aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)

    Detalhe de grãos de soja. Agronegócio brasileiro sairá mais forte da crise
    Detalhe de grãos de soja. Agronegócio brasileiro sairá mais forte da crise Foto: Kelly Sikkema/Unsplash

    Luciano Costa, da Reuters

    As alemãs Bosch e Basf receberam sinal verde de autoridades concorrenciais no Brasil para criação de uma joint venture de comercialização e distribuição de tecnologias digitais voltadas ao setor de agricultura.

    A operação, que prevê participações iguais das empresas e controle conjunto, foi aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), segundo publicação no Diário Oficial da União desta terça-feira.

    A Bosch e a Basf Digital Farming anunciaram em novembro passado a assinatura de acordo para criação da joint venture, prevendo na ocasião que a nova empresa seria lançada primeiramente no Brasil, seguido por Europa e América do Norte.

    As empresas disseram que a operação também está sendo comunicada a autoridades na China, Alemanha, Paquistão, Polônia, Coreia do Sul e Taiwan, segundo o Cade.

    Em parecer sobre o negócio, o órgão estatal disse que as companhias informaram que “pretendem vender soluções inteligentes para a agricultura a partir de uma única fonte, combinando a expertise das duas empresas”.

    Dentre os produtos que serão vendidos e distribuídos pela associação entre as companhias estão sistemas de pulverização inteligente, com integração entre tecnologia e software de sensor de câmera da Bosch com algoritmos de tomada de decisões agronômicas da Basf; e solução de plantio inteligente envolvendo ferramentas digitais para semeadura e prescrição de herbicidas.

    O compromisso de investimento de cada empresa na joint venture não foi revelado pelo Cade.

    O órgão estatal não viu riscos à concorrência pela associação das companhias alemãs mirando soluções de agricultura digital.

    “A presença de ambas as empresas nesses segmentos ainda é recente e limitada, o que inviabilizaria qualquer possibilidade de fechamento de mercado. O segmento de agricultura digital ainda é embrionário, com um grande número de startups e empresas já atuantes nos segmentos de insumos agrícolas desenvolvendo estratégias e tecnologias para explorar melhor o agronegócio”, apontou, em parecer.