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    Bolsonaro: novo Bolsa Família terá valor médio de R$ 300

    Atualmente o valor médio pago aos beneficiários está em R$ 192. O reajuste seria de pouco mais de 50%

    Da Reuters e do Estadão Conteúdo

     O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (20), em entrevista a uma rádio, que o novo Bolsa Família terá valor médio de R$ 300, acima dos R$ 250 previsto inicialmente pela equipe econômica.

    De acordo com o presidente, em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, o novo valor será pago a partir de novembro deste ano, como era esperado.

    Atualmente o valor médio pago aos beneficiários está em R$ 192. O reajuste seria de pouco mais de 50%.

    O governo, no entanto, ainda não tem a previsão dos recursos. Parte viria da reformulação do imposto de renda, previsto no envio da reforma tributária, que ainda está sendo discutida no Congresso.

    Na entrevista, Bolsonaro disse ainda que pode vetar o projeto de reforma se houver aumento da carga tributária.

    “Houve um exagero por parte da Economia na reforma tributária, já está sendo acertado com o relator. Realmente a Receita (Federal), no meu entender, como é muito conservadora, foi com muita sede ao pote. Eu falei, mesmo sendo projeto meu, se passar no Congresso e chegar para mim aumentando a carga tributária eu veto”, disse o presidente.

    Presidente Jair Bolsonaro
    Bolsonaro em cerimônia de Apresentação da Tecnologia 5G para o Agro
    Foto: Alan Santos/PR

    “(O ministro da Economia) Paulo Guedes sabe do assunto, obviamente, ele é o nosso Posto Ipiranga, também trabalha para que, no final das contas, não se aumente a carga tributária no Brasil”, acrescentou o presidente.

    Nome deve ser mantido

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que não pretende mudar o nome do Bolsa Família para Renda Cidadã.

    “Alguns falam em mudar de nome, eu não estou preocupado em mudar de nome, eu quero atender a população”, declarou o presidente, que reclamou da “chiadeira” feita com relação ao valor distribuído pelo auxílio emergencial.

    Segundo o presidente, o auxílio emergencial custou R$ 700 bilhões em 2020 e provocou endividamento do governo. Previu ainda 22 milhões de pessoas inscritas no Bolsa Família a partir de dezembro, o que classificou como “um número assustador”. “A conta é alta, a gente não tem como se endividar mais. Alguém tem que produzir para pagar isso daí”, disse ao justificar a impossibilidade de oferecer valores mais elevados do que os R$ 300 propostos.