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    Bolsas da Ásia fecham em queda após perdas em NY e temor por variante Delta

    O Banco do Povo da China manteve na noite de ontem as taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazos, conhecidas como LPRs

    Iander Porcella, , do Estadão Conteúdo

    As bolsas da Ásia voltaram a fechar majoritariamente em queda nesta terça-feira (20), na esteira das perdas registradas no mercado acionário de Nova York. Ontem, o índice Dow Jones teve o pior dia desde outubro de 2020 devido à aversão a risco gerada pelo temor de que a variante Delta do coronavírus, altamente contagiosa, prejudique a recuperação da economia global.

    Na China continental, o índice Xangai Composto caiu 0,1%, a 3.536,79 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 0,2%, a 2.456,75 pontos.

    Em Pequim, o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) manteve na noite de ontem as taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazos, conhecidas como LPRs.

    A maioria dos analistas esperava a manutenção das taxas de juros, mas alguns como os do Barclays não descartavam um corte. Em meio à desaceleração do crescimento chinês, o PBoC anunciou há duas semanas uma redução do compulsório bancário. Agora, os economistas esperam mais medidas de estímulo.

    Em outras partes da Ásia, o Hang Seng recuou 0,8% em Hong Kong, a 27.259,25 pontos, e o Kospi teve baixa de 0,3% em Seul, a 3.232,70 pontos.

    “Os mercados na Ásia viram outra sessão negativa, à medida que os investidores avaliam a possibilidade de vermos mais fraqueza na retomada global”, diz o analista-chefe de mercado da CMC Markets, Michael Hewson.

    O Nikkei, por sua vez, caiu 1,0% no Japão, a 27.388,16 pontos. As perdas foram lideradas por ações dos setores de energia e imobiliário. Por lá, há expectativa pela Olimpíada de Tóquio, que começa nesta semana. No entanto, os organizadores do evento já confirmaram que pelo menos três atletas testaram positivo para a Covid-19.