Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Ibovespa cai 5,2% e vai ao menor patamar desde julho de 2017

    No ano, o Ibovespa já acumula retração de 45% em meio a temores com coronavírus e recessão global

    Dia de pregão na bolsa de valores de São Paulo
    Dia de pregão na bolsa de valores de São Paulo Foto: Paulo Whitaker/Reuters

    O Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, fechou esta segunda-feira (23) em queda de 5,22%, a 63.569,62 pontos – o menor patamar do índice desde 10 julho de 2017. No ano, o Ibovespa já acumula retração de 45%.

    Uma nova bateria de medidas sócio-econômicas foram anunciadas entre o fim de semana e esta sessão no Brasil e no exterior, mas não foi capaz de sustentar a tentativa de recuperação verificada no começo dos negócios, conforme cresce a perspectiva de uma recessão mundial.

    No Brasil, o mercado amanheceu com a notícia de que o BC vai reduzir os depósitos compulsórios, liberando R$ 68 bilhões aos bancos brasileiros para estimular o crédito. 

    Além disso, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) reafirmou o corte na taxa de juros, fixada agora em 3,75%, e concluiu que as projeções de inflação até 2021 devem ficar em torno dos 3%. Por outro lado, as previsões do boletim Focus são de que o PIB permaneça achatado, com alta de 1,48% para este ano. 

    Em coletiva realizada nesta segunda-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o foco hoje é trazer liquidez ao mercado. Além disso, reforçou que a instituição possui o arsenal necessário para atravessar a crise.

    “Estamos dispostos a adotar novas medidas”, afirmou Campos Neto durante a coletiva. “O arsenal que Banco Central tem é muito grande para combater qualquer tipo de crise.”

    Empresários preocupados

    Em reunião neste domingo (22), empresários pediram medidas mais robustas do governo federal para lidar com a crise econômica gerada pela pandemia de coronavírus. O presidente da corretora XP, Guilherme Benchimol, defendeu a criação de um “plano Marshall” para lidar com o desemprego, em referência ao pacote de medidas de reconstrução da Europa depois da Segunda Guerra. 

    A B3 segue entre as maiores quedas em comparação com bolsas internacionais. Até o fechamento de sexta-feira (20), a bolsa brasileira acumulava queda de 42% no acumulado do ano e liderava as perdas entre as bolsas globais. As empresas listadas na bolsa paulista perderam R$ 1,746 trilhão em valor de mercado no período.

    *Com Reuters