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    BNDES registra lucro de R$ 8,73 bilhões no terceiro trimestre

    O BNDES encerrou o terceiro trimestre com Índice de Basileia de 40,1%, ante 36,8% no encerramento de 2019, informou a instituição

    BNDES também se comprometeu a acelerar a liberação de empréstimos solicitados por Estados que já estavam tramitando no banco
    BNDES também se comprometeu a acelerar a liberação de empréstimos solicitados por Estados que já estavam tramitando no banco Foto: REUTERS/Sergio Moraes

    Vinicius Neder e Mariana Durão, do Estadão Conteúdo

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro de R$ 8,73 bilhões no terceiro trimestre, informou nesta quinta-feira, 12, a instituição de fomento, em nota distribuída à imprensa. Nos nove primeiros meses do ano o banco registrou lucro líquido de R$ 13,7 bilhões.

    “O desempenho, apresentado foi fortemente influenciado pelo resultado obtido com participações societárias, entre elas: a alienação de ações de Vale, que contribuiu com um lucro líquido de R$ 4,0 bilhões; a equivalência patrimonial de empresas coligadas, com R$ 1,2 bilhão; e a receita com dividendos e JCP, de R$ 938 milhões”, diz a nota divulgada.

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    No acumulado de janeiro a setembro, o BNDES destacou que o desempenho foi impactado pela oferta pública de ações da Petrobras, em fevereiro (R$ 4,1 bilhões), e atenuado pela constituição de provisão para risco de crédito de R$ 1,8 bilhão (R$ 1 bilhão líquido de tributos).

    O resultado do mesmo período de 2019 (R$ 16,5 bilhões) tinha sido influenciado positivamente pela incorporação de Fibria pela Suzano, além de vendas de ações de Petrobras, Vale e Rede.

    O ativo do Sistema BNDES totalizou R$ 764,4 bilhões em 30 de setembro de 2020, uma alta de 5,0% (R$ 36,2 bilhões) nos primeiros nove meses do ano.

    O banco de fomento informa que o incremento resultou, principalmente, do ingresso de R$ 22 bilhões em recursos do Tesouro Nacional (sendo R$ 4,8 bilhões já aplicados), no âmbito do Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE) e do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC), além da apropriação de variação cambial e juros da carteira de crédito e repasses, de R$ 39 bilhões.

    Esses fatores, diz o BNDES, foram atenuados pela transferência da totalidade do saldo de R$ 20,7 bilhões do Fundo PIS/PASEP para o FGTS no segundo trimestre, o que viabilizou saques emergenciais dos trabalhadores, e pela desvalorização da carteira de empresas não coligadas em R$ 11,5 bilhões.

    O BNDES destacou ainda que houve reversão bruta de R$ 469 milhões em provisões no terceiro trimestre, decorrente da evolução positiva de créditos provisionados.

    Carteira de participações societárias

    A carteira de participações societárias do BNDES encerrou o terceiro trimestre avaliada em R$ 71,2 bilhões, informou a instituição de fomento, ao divulgar seus resultados financeiros. O valor da carteira encolheu 37,8% em nove meses.

    Segundo o BNDES, a redução do valor da carteira ocorreu em função da desvalorização dos investimentos em não coligadas (R$ 11,5 bilhões), destacando Petrobras e Eletrobras, e da venda de ações (R$ 33,8 bilhões), notadamente Petrobras e Vale.

    Os desinvestimentos realizados ao longo do terceiro trimestre somaram um resultado bruto de R$ 7 bilhões e um total de R$ 4,4 bilhões líquidos.

    Índice de Basileia

    O BNDES encerrou o terceiro trimestre com Índice de Basileia de 40,1%, ante 36,8% no encerramento de 2019, informou a instituição de fomento nas demonstrações financeiras do segundo trimestre, divulgadas nesta quinta-feira, 12.

    O Patrimônio de Referência, base do cálculo do Índice de Basileia, totalizou R$ 186,1 bilhões em setembro, ante R$ 191,7 bilhões em 31 de dezembro de 2019.

    O Índice de Basileia mínimo exigido pelo Banco Central (BC) é de 9,25%.

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