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    BC: com avanço da Covid-19, perdas com crédito podem ser maiores que o esperado

    Mesmo avaliando os primeiros sinais para 2021 como positivos, o Banco Central alerta para um cenário de prudência

    Anna Russi, , da CNN Brasil, em Brasília

    Mesmo avaliando os primeiros sinais para 2021 como positivos, o Banco Central alerta para um cenário de prudência, já que esses dados não contemplam os impactos do recente recrudescimento da pandemia de Covid-19. Ainda de acordo com a autoridade monetária, esse cenário pode levar a “perdas com crédito superiores às estimadas”. 

    A avaliação é do Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do Banco Central, divulgado nesta terça-feira (27). 

    Por outro lado, o documento também diz que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) está preparado para enfrentar incertezas relativas aos desdobramentos da pandemia. “Ao longo de 2020, o SFN alcançou o maior valor histórico de provisões para cobertura para Ativos Problemáticos (APs), melhorou a capitalização e manteve liquidez confortável”, destaca.

    “Eventual reversão na atividade econômica provavelmente seria seguida por rápida recuperação, especialmente no segundo semestre, na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais abrangente”, completa. 

    Segundo o BC, no ano passado, o funcionamento do SFN não sofreu interrupções significativas, em razão dos bons níveis de capitalização, liquidez e provisões constituídos antes da pandemia. “Ainda assim, houve impactos à saúde financeira do sistema, com a materialização de perdas decorrentes da redução da atividade econômica”, admite. 

    Mercado preocupado

    O REF também traz uma pesquisa com instituições financeiras (IFs) que mostra que o mercado continua preocupado com os desdobramentos da pandemia, mantendo atenção elevada com a inadimplência e com a redução da atividade econômica. 

    “As IFs acreditam que atrasos na vacinação e o surgimento de novas cepas do coronavírus podem prolongar a crise sanitária e exigir mais gastos para proteger a população vulnerável e incentivar a economia. Isso aumentaria o já elevado risco fiscal”, explica. 

    “Não obstante, a confiança das IFs na estabilidade financeira durante toda a pandemia tem permanecido elevada, bem acima do que estava durante a recessão de 2015-2016”, completa.

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