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    Banco de criptomoedas Voyager Digital entra com pedido de recuperação judicial

    Instituição norte-americana emitiu aviso de inadimplência na semana passada para o fundo hedge Three Arrows Capital por não efetuar pagamentos de empréstimos

    Por Shivam Patel e Sinead Cruise e Tom Wilson, da Reuters

    O banco norte-americano de criptomoedas Voyager Digital disse na quarta-feira (6) que entrou com pedido de recuperação judicial, engrossando a lista de companhias abaladas pela queda drástica nos preços dos ativos digitais.

    Na semana passada, a Voyager disse que emitiu um aviso de inadimplência para o fundo de hedge de criptomoedas Three Arrows Capital (3AC), com sede em Singapura, por não fazer pagamentos de um empréstimo de criptomoedas equivalente a mais de US$ 650 milhões.

    O 3AC entrou com pedido de recuperação através de uma regra (Chapter 15) que permite que os devedores estrangeiros protejam seus ativos nos Estados Unidos, tornando-se um dos investidores de maior destaque atingidos pela queda dos preços das criptomoedas.

    “A volatilidade e o contágio prolongado nos mercados de criptomoedas nos últimos meses e a inandiplência da Three Arrows Capital em um empréstimo da subsidiária da empresa, Voyager Digital, exigem que tomemos medidas decisivas agora”, disse o presidente-executivo da Voyager, Stephen Ehrlich, em comunicado.

    Em seu pedido, a Voyager — com sede em Nova Jersey, mas listada em Toronto — estimou que tinha mais de 100 mil credores e algo entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões em ativos e passivos no mesmo valor.

    A Voyager assinou no mês passado um acordo com a trading Alameda Ventures, fundada por Sam Bankman-Fried, presidente-executivo da corretora FTX, para uma linha de crédito rotativo.

    Um documento enviado ao tribunal de falências em Nova York mostrou que a Alameda é o maior credor individual da Voyager, com empréstimos não garantidos de US$ 75 milhões.

    A Alameda não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

    Em uma mensagem aos clientes no Twitter, Ehrlich disse que o processo de recuperação judicial protegerá os ativos e “maximizará o valor para todas as partes interessadas, especialmente os clientes”.

    A Voyager disse nesta quarta-feira que tinha mais de US$ 110 milhões em dinheiro e ativos digitais em mãos. O banco pretende pagar os funcionários da maneira usual e continuar seus principais benefícios e determinados programas para clientes sem interrupção.

    A Voyager contratou Moelis & Company e The Consello Group como consultores financeiros, Kirkland & Ellis como consultor jurídico e Berkeley Research Group como consultor de reestruturação.

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