Atividade empresarial da zona do euro volta a crescer em janeiro, mostra PMI
Resultado ampliou sinais de que a retração no bloco pode não ser tão profunda quanto se temia e que a união monetária pode escapar da recessão
A atividade empresarial da zona do euro fez um retorno inesperado a um modesto crescimento em janeiro, ampliando os sinais de que a retração no bloco pode não ser tão profunda quanto se temia e que a união monetária pode escapar da recessão, mostrou pesquisa nesta terça-feira (24).
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto da S&P Global, visto como um bom indicador da saúde econômica geral, subiu de 49,3 em dezembro para 50,2 este mês.
Janeiro foi a primeira vez que o índice ficou acima da marca dos 50, que separa o crescimento da contração, desde junho. O resultado ainda ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 49,8.
“A pesquisa sem dúvida traz boas e bem-vindas notícias para sugerir que qualquer retração provavelmente será muito menos severa do que anteriormente temido, e que uma recessão pode ser evitada completamente”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence.
Um inverno ameno até agora, a queda dos preços do gás e os recentes dados econômicos positivos levaram a uma melhora em algumas previsões de crescimento trimestral em pesquisa da Reuters publicada na segunda-feira, embora uma recessão técnica ainda estivesse prevista.
Em um sinal de que estão mais otimistas, as empresas aumentaram o número de funcionários a um ritmo mais rápido este mês. O índice de emprego subiu de 51,9 em dezembro para 52,5 em três meses de alta.
O PMI que cobre o setor de serviços também surpreendeu pelo lado positivo, chegando a uma máxima de seis meses de 50,7, contra 49,8 em dezembro e 50,2 em pesquisa da Reuters.
A atividade industrial também mostrou melhora, mas ainda assim contraiu. O PMI de indústria subiu de 47,8 para 48,8 este mês, ante expectativa de 48,5.
Alemanha
Na Alemanha, o PMI Composto subiu de 49 em dezembro para 49,7 em janeiro, atingindo o maior nível em sete meses, mas permanecendo abaixo da barreira de 50 que sinaliza contração da atividade, disse a S&P Global.
Apenas o PMI de serviços avançou de 49,2 para 50,4 no mesmo período, igualmente tocando o maior patamar em sete meses e superando a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam aumento a 49,5. O resultado acima de 50 indica que a atividade no segmento de serviços voltou a se expandir.
Já o PMI industrial da Alemanha caiu marginalmente entre dezembro e janeiro, de 47,1 a 47, frustrando o consenso do mercado, de avanço a 47,9.
Reino Unido
O PMI Composto britânico caiu de 49 em dezembro para 47,8 em janeiro, atingindo o menor nível em 24 meses e permanecendo abaixo da barreira de 50 que sinaliza contração da atividade, mostrou a S&P Global em parceria com a CIPS.
A prévia de janeiro também ficou aquém da expectativa de analistas consultados pelo the Wall Street Journal, que previam queda do PMI composto a 48,5.
Apenas o PMI de serviços do Reino Unido diminuiu de 49,9 para 48 no mesmo período, tocando igualmente o menor patamar em 24 meses. O consenso do mercado era de recuo bem menor, a 49,5.
Por outro lado, o PMI industrial britânico subiu de 45,3 em dezembro para 46,7 em janeiro, atingindo o maior nível em quatro meses. Neste caso, a projeção era de queda a 45.